O Schalke, tradicional clube da Alemanha e que atualmente disputa a Bundesliga 2, segunda divisão do país, anunciou, nesta segunda-feira (28), a rescisão do contrato de patrocínio com a Gazprom, empresa estatal russa de energia.
“A diretoria do FC Schalke 04 decidiu, com a aprovação do conselho fiscal, encerrar a parceria entre o Schalke 04 e a Gazprom. A plena capacidade financeira do clube mantém-se inalterada após esta decisão”, afirmou o Schalke em comunicado oficial.
A decisão foi a mais radical tomada até agora pelas entidades esportivas em relação à Gazprom. A empresa é patrocinadora da UEFA, que até agora não se manifestou sobre o aporte.
Na última quinta-feira (24), o Schalke já havia decidido retirar a marca da Gazprom da camisa, onde a empresa ocupava desde 2007 o espaço do patrocínio máster. A decisão foi tomada após a Rússia invadir a Ucrânia. O clube, porém, havia dito que estudaria o que seria feito.
A Gazprom paga cerca de € 10 milhões ao ano pelo patrocínio. Caso o Schalke retorne à Bundesliga, o valor seria dobrado. O Schalke, porém, diz que não haverá impacto financeiro com a decisão tomada.
A Gazprom é a maior exportadora de gás do planeta e a maior empresa de energia da Rússia. Desde meados dos anos 2000, a companhia tem investido em patrocínio esportivo para expandir sua marca. Em 2007, fechou o primeiro patrocínio fora da Rússia, com o Schalke. Cinco anos depois, em 2012, tornou-se patrocinadora da UEFA, tendo a Champions League como principal ativo para comunicar o patrocínio. O Zenit, da Rússia, e o Estrela Vermelha, da Sérvia, são outros dois clubes patrocinados pela empresa.