O Milan oficializou, na manhã desta quarta-feira (31), a venda do clube para o fundo norte-americano de investimentos RedBird Capital Partners. O negócio já estava fechado há cerca de três meses e foi concluído por € 1,2 bilhão. A equipe italiana estava nas mãos da Elliott Management, também dos Estados Unidos, que assumiu o controle do time em 2018, quando a chinesa Yonghong Li não pagou um empréstimo de € 32 milhões para concluir a aquisição do clube das mãos de Silvio Berlusconi.
De acordo com o comunicado publicado no site do clube, a RedBird continuará a investir em todas as áreas-chave para promover os interesses esportivos e comerciais do Milan. Para o clube, “a experiência do fundo de investimentos na operação e construção de negócios esportivos globais garantirá que o próximo capítulo da história do Milan se baseie em seu momento atual”. Com isso, o site lembra que a equipe é a atual campeã da Serie A.
Ainda segundo o Milan, a RedBird focará no apoio à liderança esportiva e empresarial do clube para garantir que a equipe seja consistentemente competitiva em alto nível, além de assegurar que o time terá à disposição infraestruturas e instalações condizentes. Por fim, o fundo ainda se comprometeu a fortalecer as equipes femininas e de categorias de base do clube, bem como seu braço beneficente, a Fondazione Milan.
“Nossa visão para o Milan é clara: apoiaremos nossos jogadores, treinadores e funcionários para obter sucesso em campo e permitir que nossos torcedores compartilhem as experiências extraordinárias deste clube histórico. Procuraremos alavancar nossa rede global de esportes e mídia, nossa experiência em análise, nosso histórico no desenvolvimento de estádios esportivos e na hospitalidade para alcançar um objetivo: manter o Milan no topo do futebol europeu e mundial”, afirmou Gerry Cardinale, fundador e sócio-gerente do RedBird.
Além da venda, também foi confirmada uma parceria estratégica com a Yankee Global Enterprises (YGE), proprietária do New York Yankees, da MLB, que terá uma participação minoritária no Milan. A RedBird tem um relacionamento de longa data com os Yankees e a família Steinbrenner, com quem é coproprietária da Yankees Entertainment Sports (YES) Network, rede esportiva regional mais assistida dos Estados Unidos.
“Temos um relacionamento de várias décadas com o New York Yankees e a família Steinbrenner que resultou na criação de alguns dos negócios mais bem-sucedidos em esportes, entretenimento e hospitalidade. Estamos muito satisfeitos em continuar nossa parceria com eles e procuraremos explorar oportunidades juntos para ampliar nosso alcance de fãs e expandir as oportunidades comerciais que estão disponíveis apenas para franquias que operam nos mais altos níveis de esportes em todo o mundo”, celebrou Cardinale.
No comunicado oficial feito pelo clube, a Main Street Advisors, empresa que tem como um dos proprietários o astro do basquete LeBron James e que era cotada para também adquirir uma participação minoritária no clube, não foi citada.
O Milan é um dos times mais vitoriosos da história do futebol europeu e mundial. Fundado em 1899, o clube tem em seu currículo 19 títulos da Serie A (segundo maior vencedor ao lado da Internazionale, atrás apenas da Juventus), sete Champions League (segundo maior vencedor, atrás apenas do Real Madrid), sete Supercopas da Itália, cinco Copas da Itália e ainda foi quatro vezes campeão mundial, entre outras conquistas.
Com o acordo oficializado, o time italiano passa a fazer parte do extenso portfólio de investimentos globais da RedBird, cujos ativos devem chegar a aproximadamente US$ 7,5 bilhões. A lista conta com o Fenway Sports Group (Liverpool, Boston Red Sox (MLB) e Pittsburgh Penguins (NHL)), Toulouse, Rajasthan Royals, YES Network, SpringHill Company, Skydance Media, XFL, OneTeam Partners e Dream Sports.