O Corinthians enviou, na noite desta quinta-feira (31), uma terceira notificação para a empresa Taunsa, patrocinadora do clube, informando-a de que, enquanto ela não quitar os pagamentos que faltam, as entregas do patrocínio estarão suspensas.
A medida já passou a vigorar nesta sexta-feira (1), quando as marcas da Taunsa foram retiradas dos espaços do Centro de Treinamento do clube, inclusive na sala de entrevista coletiva, onde o meio-campista Maycon, que atuava na Ucrânia, foi apresentado como reforço corintiano.
Às 15h43 desta sexta (1), o Corinthians publicou em seu site uma breve nota oficial em que informou a suspensão do patrocínio. A reportagem da Máquina do Esporte apurou que, desde que o primeiro pagamento da Taunsa atrasou, o clube tem notificado a parceira, mas foi apenas agora, na terceira notificação e na mudança de mês, que o patrocínio passou para o status de “suspenso”. Na própria quinta (31), depois de ser notificada, a Taunsa emitiu uma nota em que reafirmou que reconhecia a dívida e pagaria o Corinthians em breve.
Empresa ligada ao agronegócio, a Taunsa diz ter investimento de um fundo de Dubai. Ao clube, a empresa disse que o atraso no pagamento dos salários do volante Paulinho, que era originalmente o objeto do acordo de patrocínio, estaria relacionado ao estouro da guerra entre Rússia e Ucrânia, que teria prejudicado as exportações da empresa.
“Estão suspensas as entregas previstas no contrato com o grupo Taunsa a partir de hoje (sexta-feira, 1). O clube continua as conversas com a empresa a fim de buscar uma solução amigável para o cumprimento dos compromissos já assumidos pela Taunsa, sem perder de vista a celeridade necessária e a prioridade dos interesses corinthianos – e mantendo a confidencialidade devida em relação aos detalhes da negociação”, declarou o clube, no comunicado oficial.
A notificação e o cuidado na comunicação de todo o caso fazem parte da estratégia do próprio Corinthians para um possível embate judicial com o parceiro. Recentemente, o presidente Duílio Monteiro Alves chegou a “normalizar” o calote sofrido em entrevista à ESPN, mas disse que o clube tinha proteção legal para assegurar que receberia os valores prometidos para o patrocínio.