A Federação Internacional dos Jogadores de Futebol (Fifpro) divulgou uma lista de países em que há “violações contratuais sistemáticas e generalizadas” no futebol. Argélia, China, Grécia, Líbia, Romênia, Arábia Saudita e Turquia são apontados como os países onde o risco de calote nos salários é maior.
Segundo o sindicato, o não pagamento de salários é um problema muito comum entre os times de Argélia, Arábia Saudita, Romênia e Turquia. Já os clubes da segunda divisão da Grécia costumam rescindir contratos de atletas sem honrar as dívidas.
Dívidas na Grécia
O Sindicato dos Jogadores da Grécia (PSAP) disse que os clubes do país devem mais de € 25 milhões em salários.
“O elevado número de clubes na Grécia que entram em processos de insolvência continua tendo consequências graves para os jogadores, levando-os a ficar sem receber e com pouca ou nenhuma chance de obter qualquer compensação”, informou o PSAP.
“Nos últimos dois anos, a Grécia tem sido o país com o maior número de jogadores que buscam receber parte de seus salários não pagos do Fundo de Proteção ao Jogador da Fifa”
Informe do Sindicato dos Jogadores da Grécia
“Nos últimos dois anos, a Grécia tem sido o país com o maior número de jogadores que buscam receber parte de seus salários não pagos do Fundo de Proteção ao Jogador da Fifa”, acrescentou o sindicato local.
Fundo compensatório
O problema da insolvência também é muito enfrentado entre os jogadores que atuam na Romênia, onde os atletas muitas vezes ficam sem nada, de acordo com a Fifpro.
Dois anos atrás, Fifpro e Fifa criaram um fundo para ajudar a compensar os jogadores que foram vítimas dos problemas financeiros de seus clubes. Neste ano, o fundo arrecadará US$ 4 milhões.
A Fifpro também observou que “está cada vez mais preocupada com o número crescente de jogadores estrangeiros que estão retidos no país, porque os clubes que os empregam se recusam a fornecer a documentação relevante para sair”.