O governo do Estado de São Paulo determinou que haja limite de 70% na ocupação dos estádios de futebol a partir do próximo dia 23, quando começa o Campeonato Paulista. A medida visa conter a nova onda de disseminação do coronavírus, que ameaça colapsar o sistema de saúde do Estado.
Para demais eventos com aglomeração, o governo de São Paulo determinou que os critérios devem ser definidos em cada prefeitura. No entanto, o poder estadual sugere que haja uma redução de 30% na capacidade desses locais.
As mudanças se devem ao avanço da variante ômicron em São Paulo. A nova cepa já está presente em mais de 80% dos testes realizados pelo Instituto Butantan.
Segundo o governador João Doria Jr., a limitação de público no Paulistão se deve à capacidade de o evento lotar estádios. A determinação não serve para a Copa São Paulo de Juniores, que está em disputa, porque possui menor apelo junto aos torcedores.
Segundo números oficiais, houve 4.359 novos casos de Covid-19 na totalização da terça-feira (11) no Estado de São Paulo. A média móvel está em 2.826, mas chegou a ser de 317 no dia 8. O Estado registrou 36 mortes na terça-feira, com média móvel de 25 para os últimos sete dias. A taxa mais baixa no início do ano também havia sido no dia 8, com nenhuma morte no dia e quatro na média móvel.
São Paulo não é o primeiro Estado do país a voltar a adotar medidas restritivas no futebol. Na segunda-feira, os governos da Bahia e de Pernambuco também reduziram o limite de presença de público nos estádios, mas adotaram medidas mais radicais. Ambos os Estados adotaram o limite de 3.00 pessoas ou 50% da capacidade do estádio. Tanto na BA como em PE, essa regra vale não só para o futebol, mas para todos os eventos públicos.