O mercado de transferências internacionais no futebol bateu novo recorde, durante a janela de meio de ano de 2025, iniciada em 1º de julho e encerrada na última terça-feira (2).
Dados do relatório divulgado nesta semana pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) mostram que as negociações internacionais de atletas masculinos movimentaram US$ 9,76 bilhões em todo o planeta, no período analisado, que inclui também a janela especial aberta pela entidade de 1º a 10 de junho, em decorrência da Copa do Mundo de Clubes, realizada neste ano.
O total alcançado pelas negociações de jogadores neste ano superou em 50% os US$ 6,46 bilhões registrados na janela de meio de ano de 2024.

Na janela de meio de ano, ocorreram 11.970 transferências internacionais de atletas masculinos e 1.100 no futebol feminino, que também experimentou um salto de 80% no volume gasto nas negociações, atingindo um total de US$ 12 milhões.
Mercados que mais contratam e vendem
O relatório da Fifa expõe o fosso que gigante que impera no mercado internacional de transferências do futebol.
Países que sediam as principais ligas da Europa concentram a maior parte do volume gasto em contratações na janela de meio de ano de 2025.
Sozinho, o futebol inglês (Premier League a EFL Championship) responde por 33% do total investido em transferências, com US$ 3,19 bilhões. Em seguida, vêm Alemanha, com US$ 980 milhões, e Itália, com US$ 950 milhões.
A Arábia Saudita, que experimentou forte crescimento nos investimentos em contratações a partir de 2023 (quando os clubes do país gastaram US$ 849 milhões para atrair grandes estrelas do futebol mundial), aparece na sexta colocação, entre os países que mais contrataram em 2025, com US$ 552 milhões.
Já o Brasil aparece em oitavo lugar, com US$ 241 milhões gastos, logo abaixo de Portugal e Turquia. Os valores, importante lembrar, levam em conta apenas atletas que mudaram de país, e não negociações entre clubes de um mesmo território nacional.

A Inglaterra também lidera a lista dos países que mais receberam com taxas de transferência internacionais, com US$ 1,55 bilhão faturados na janela de meio de ano de 2025.
Esse número é influenciado, principalmente, pelas regras de fair play da Premier League, que obrigam os clubes do país a vender jogadores, quando seus gastos com folha atingem o teto.
O ranking conta ainda com as participações de França, Alemanha, Itália, Espanha, Bélgica, Brasil e Holanda.

Evolução dos investimentos do Brasil
Em um cenário marcado pela entrada das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), os patrocínios recordes de camisa e os contratos milionários nas áreas comercial e de mídia, o Brasil tem apresentado forte evolução no relatório da Fifa, não apenas na condição de país fornecedor de talentos para outros mercados, mas como um grande comprador de atletas.
O total gasto pelos clubes profissionais brasileiros na contratação de atletas masculinos durante a janela de meio de ano de 2025, que foi de R$ 241 milhões, representa sete vezes a quantia investida pelo conjunto das equipes nacionais, em 2021.
Não se pode esquecer de que o volume de investimentos observado no ano atual foi também influenciado pela participação dos times país na Copa do Mundo de Clubes de 2025.
Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, de um modo geral, abriram os cofres e investiram em reforços, buscando obter bons resultados na competição promovida pela Fifa, no Estados Unidos.
