Uefa impõe € 172 milhões de multa a oito clubes por violações ao Fair Play Financeiro

A Uefa impôs o maior montante de multa da história aos clubes por descumprimento das regras do Fair Play Financeiro. Oito times terão que pagar até € 172 milhões. Esse total poderá ser reduzido a € 26 milhões se todos cumprirem os compromissos assumidos para deixar os números vermelhos para trás.

A maior punição, sem surpresa nenhuma, é para o PSG, que já deve pagar uma multa de € 10 milhões e pode acabar com uma multa de até € 65 milhões se quebrar as regras novamente.

Quase todas as sanções acontecem com clubes que disputam a Serie A (Itália) e a Ligue 1 (França). A única exceção é o Besiktas, da Turquia, que pagará € 600 mil, mas pode atingir € 4 milhões em multas.

Na Itália, a Roma terá que pagar € 5 milhões, mas sua multa pode chegar a € 35 milhões. A Internazionale pagará € 4 milhões no momento, mas seu montante pode atingir € 25 milhões. Já a Juventus desembolsará € 3,5 milhões, com possibilidade de ter de pagar € 23 milhões. Por fim, o Milan, atual campeão italiano, foi multado em € 2 milhões, mas pode ter que desembolsar até € 15 milhões.

Na França, além do PSG, também foram punidos Olympique de Marselha e Monaco. Ambos terão que pagar multa de € 300 mil, mas que pode chegar a € 2 milhões.

O dinheiro será descontado dos pagamentos que esses clubes têm a receber por participação nas competições da Uefa, como Champions League, Europa League ou Conference League.

Critérios para multa

Essas agremiações superaram os € 30 milhões de prejuízo acumulado entre 2018 e 2021, máximo permitido pelas regras da Uefa por causa dos efeitos adversos da pandemia. Esse critério permitiu que 19 clubes que competiram em torneios continentais na temporada 2021/2022 fossem sancionados.

“Eles atendem tecnicamente ao requisito de saldo graças à aplicação das medidas emergenciais da Covid-19”, informou a Uefa.

Esses times foram Barcelona, ​​​​Sevilla e Betis (Espanha); Manchester City, Chelsea, Leicester e West Ham (Inglaterra); Borussia Dortmund, Wolfsburg e Union Berlin (Alemanha); Lazio e Napoli (Itália); Lyon (França); Feyenoord (Holanda); Basel (Suíça), Fenerbahçe e Trabzonspor (Turquia); Rangers (Escócia) e Royal Antwerp (Bélgica).

Para os que foram punidos, o órgão regulador indica que “o enquadramento do acordo de liquidação é idêntico para todos os clubes”, pelo que todos devem cumprir os mesmos requisitos durante os próximos três anos para redirecionar a sua situação econômica.

Especificamente, as oito equipes se comprometeram a cumprir as novas regras de sustentabilidade até 2025/2026, que limitam as perdas a € 60 milhões, desde que sejam resultados de investimentos em infraestrutura e limitem os gastos com elenco a 70% da receita.

Os únicos que terão quatro anos para estabilizar seus negócios são Roma e Internazionale, que em troca concordaram com restrições ao registro de novos jogadores de 2022 a 2023.

Em um nível inferior, a câmara principal do comitê de controle financeiro dos clubes impôs pequenas penalidades ao Santa Clara (Portugal) e ao Anderlecht (Bélgica), de € 10 mil e € 100 mil, respectivamente. Por fim, o Porto terá que pagar € 100 mil por violação de acordos que havia se comprometido a cumprir.

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