A Uefa divulgou, nesta quinta-feira (8), as diretrizes de economia circular da entidade, que fazem parte da estratégia de sustentabilidade do futebol para 2030. A ideia é otimizar o consumo e o ciclo de vida dos produtos, principalmente embalagens de alimentos e bebidas, em todas as operações e eventos relacionados à instituição que comanda o futebol na Europa.
O objetivo da Uefa até o final da década é incorporar a chamada “abordagem dos 4Rs” (redução, reutilização, reciclagem e recuperação) em todas as operações da entidade para minimizar o impacto do futebol no meio ambiente e impulsionar a eficiência dos recursos e a economia de custos.
As diretrizes incluem três seções: uma introdução ao conceito de economia circular e à estrutura dos 4Rs; melhores práticas e fichas informativas em tudo que se relaciona a alimentos e bebidas por várias partes interessadas do futebol (criadas com o apoio da Pepsico, parceira comercial da Uefa); e uma visão das próximas áreas de foco da economia circular, como energia e água, vestuário e equipamentos de futebol, e materiais para eventos (sinalização, produção de marcas e móveis, além de equipamentos de TI).
“A economia circular é um pilar importante da estratégia de sustentabilidade do futebol da Uefa para 2030. A colaboração com a Pepsico e vários clubes europeus para avaliar aspectos da circularidade de alimentos e bebidas foi fundamental para o desenvolvimento das diretrizes da Uefa. Estou ansiosa para ver essas diretrizes traduzidas em ações tangíveis dentro da Uefa, nos eventos da entidade e de forma colaborativa no futebol europeu para nos ajudar a alcançar os nossos objetivos ambiciosos de zero desperdício de plástico e desperdício de alimentos”, afirmou Michele Uva, diretora de futebol e responsabilidade social da Uefa.
As diretrizes ajudarão as associações nacionais, ligas, clubes, patrocinadores, organizadores de eventos e outras partes interessadas do futebol a iniciarem os trabalhos para atingir essas metas até 2030.
Vale destacar que as práticas de economia circular foram testadas na temporada passada com vários clubes que participaram da Champions League, o que levou à criação de uma base de dados de boas práticas e à formação de um grupo de consulta entre os clubes para partilhar conhecimentos e debater desafios comuns, assim como uma análise de viabilidade. Ao lado da Pepsico, já houve a implementação de práticas de economia circular inclusive na final da Champions League 2021/2022.
“Estamos orgulhosos da parceria e do trabalho que a Pepsico e a Uefa conseguiram realizar para garantir que o futebol europeu seja mais sustentável. No centro da nossa parceria, está o desejo de apoiar a transição para práticas de economia circular de alimentos e bebidas com o objetivo de realizar o primeiro evento lixo zero em uma final de competição da Uefa até 2024. Remodelar a economia circular de forma a minimizar o desperdício e promover soluções sustentáveis para o nosso meio ambiente exigirá coragem, visão e esforços coletivos dos verdadeiramente dedicados, e isso inclui torcedores, atletas, clubes e corporações. Em parceria com a Uefa, estou confiante de que podemos reunir nossas forças coletivas para transformar sistemas e criar novas oportunidades que criem um futuro mais sustentável para jogadores de futebol e torcedores em todo o mundo”, destacou Katharina Stenholm, vice-presidente sênior e diretora de sustentabilidade da Pepsico na Europa.
“Os clubes membros da ECA [Associação de Clubes Europeus, na sigla em inglês], como principais partes interessadas no centro da indústria do futebol, estão preparados para desempenhar um papel crucial na promoção da sustentabilidade de todo o ecossistema do futebol, incluindo a economia circular, para que possamos servir de modelo para todo o ecossistema futebolístico, incluindo os torcedores e a sociedade em geral”, finalizou Charlie Marshall, CEO da ECA.