O Vasco divulgou, nesta sexta-feira (2), um comunicado oficial em que deixou claro que não assinará o contrato de transmissão do Campeonato Carioca de 2023 com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). O principal motivo seria o fato de que o principal rival, o Flamengo, receberia o dobro da cota pelos jogos no torneio.
Na nota, o clube cruz-maltino afirmou que não aceitará “acordos em que não haja justa e correta distribuição de valores” e ainda que tomará “todas as medidas cabíveis, nos âmbitos esportivo e jurídico, para garantir nossos direitos”.
O Vasco ainda aproveitou o comunicado para criticar a postura da diretoria do Flamengo, comandada pelo presidente Rodolfo Landim. Segundo o time de São Januário, o clube rubro-negro “parece ainda não ter entendido que futebol não se joga sozinho”.
Segundo o jornalista Gilmar Ferreira, do jornal Extra, o Flamengo entrou em acordo com a Ferj para receber R$ 18 milhões pelos direitos de transmissão do Cariocão 2023. Pela proposta da Ferj, o Vasco receberia R$ 9 milhões, assim como o Botafogo. O outro grande que disputará o torneio, o Fluminense, também não assinou por discordar dos valores.
De acordo com Gilmar, o Vasco não soube antes dos termos negociados entre os representantes da Ferj e o Flamengo. Desde que ficou sabendo, cogita ir à Justiça com o objetivo de equiparar as cotas.
Leia abaixo o comunicado oficial do time cruz-maltino sobre o assunto:
Depois de confirmar a veracidade de notícias veiculadas nos últimos dias, o Vasco da Gama informa que não assinará o contrato de transmissão do Campeonato Carioca 2023 nos termos apresentados pela FERJ e sua empresa parceira.
Não aceitaremos acordos em que não haja justa e correta distribuição de valores e tomaremos todas as medidas cabíveis, nos âmbitos esportivo e jurídico, para garantir nossos direitos.
O Vasco lamenta profundamente a postura da diretoria do Clube de Regatas do Flamengo, que parece ainda não ter entendido que futebol não se joga sozinho.
Não é a primeira vez que o rival recebe vantagens indevidas nos bastidores. Foi assim, por exemplo, nas inusitadas, seguidas e inexplicáveis prorrogações do acordo temporário de permissão de uso do Maracanã.
Acreditamos que o futebol brasileiro só será sustentável economicamente quando houver clareza e justiça nas negociações, pilares que garantirão a igualdade de condições esportivas e que tornarão perene o interesse do público sobre o espetáculo.