Vasco lança coleção de camisas em homenagem à Resposta Histórica

Vasco lançou quatro camisas em comemoração aos 100 anos da Resposta Histórica - Thiago Britto / Chico Rei

O Vasco lançou, na manhã desta terça-feira (2), quatro camisas em comemoração aos 100 anos da Resposta Histórica, quando o clube se posicionou contra a discriminação racial e social no esporte. As peças estarão à venda no site da marca de roupas Chico Rei.

As camisas são a primeira parceira da Chico Rei com um clube esportivo. O percentual das vendas destinado ao Vasco, que não foi divulgado, será utilizado para realizar melhorias em seu museu.

“Tudo o que for arrecadado pelo Vasco será convertido em melhorias para o Centro de Memória”, afirmou Raphael Pulga, vice-presidente de história e responsabilidade social do clube.

O Vasco também lançará um acervo digital com imagens e frases que fazem referência à luta do clube contra a discriminação racial no futebol. Das quatro estampas disponíveis nas camisas, as duas brancas foram criadas pelo Studio da Colina, estúdio de tatuagem que fica em frente ao Estádio de São Januário.

“É muito marcante ter contribuído com o desenvolvimento dessa ação nessa data que não é só importante para o Vasco, mas é uma das datas mais importantes do futebol brasileiro”, comentou Raul Magalhães, do Studio da Colina.

Resposta Histórica

Em 1923, o Vasco conquistou seu primeiro Campeonato Carioca com um time formado por jogadores operários, negros e analfabetos, algo incomum para a época. No ano seguinte, incomodados, os adversários decidiram fundar uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (Amea).

O Vasco só foi convidado a fazer parte da Amea em um momento posterior. Porém, para que pudesse ingressar, 12 jogadores do time teriam que ser excluídos por estarem “em desacordo com os padrões morais necessários para a prática do futebol”.

O clube recusou por meio de um ofício, assinado pelo presidente José Augusto Prestes no dia 7 de abril de 1924, que ficou conhecido como a Resposta Histórica. O documento é considerado por historiadores do futebol como um marco na luta contra o racismo no futebol.

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