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EXCLUSIVO: BNDES fecha patrocínio à Confederação Brasileira de Judô por quatro anos

Banco estatal irá investir cerca de R$ 80 milhões na CBJ, que não tinha patrocínio estatal desde saídas de Infraero e Petrobras

Beatriz Souza recebe o ouro olímpico nos Jogos de Paris 2024 - Alexandre Loureiro/CBJ

Beatriz Souza recebe o ouro olímpico nos Jogos de Paris 2024 - Alexandre Loureiro/CBJ

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é o novo patrocinador da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Segundo a Máquina do Esporte apurou, o vínculo será válido por quatro anos, com aporte de aproximadamente R$ 80 milhões. Parte desse total, cerca de R$ 12 milhões por ano, virá a partir de Lei de Incentivo ao Esporte.

O anúncio deve ser feito nos próximos dias, com a viagem a Brasília de uma delegação capitaneada pelo presidente da CBJ, Paulo Vanderlei Teixeira, ex-mandatário do Comitê Olímpico do Brasil (COB), membros da diretoria e algumas estrelas da modalidade no país. Procurado para comentar o acordo, Paulo Vanderlei não se manifestou.

Patrocínio

Modalidade que lidera o quadro histórico de medalhas olímpicas do Brasil, o judô atualmente conta apenas com o patrocínio da Kusakura, fornecedora de quimonos.

O principal recurso da CBJ vem de repasses da Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias da Caixa ao esporte olímpico e paralímpico brasileiro. Em 2025, segundo o COB informou, o judô irá receber R$ 11.508.733,18.

A falta de patrocínios contrasta com o histórico vencedor do Brasil nos tatames. Na história dos Jogos Olímpicos, o judô brasileiro subiu 28 vezes ao pódio, com 5 ouros, 4 pratas e 19 bronzes.

Nos Jogos de Paris 2024, o país conquistou um ouro (Bia Souza), uma prata (Willian Lima) e dois bronzes (Larissa Pimenta e por equipes).

Estatais

A chegada do BNDES representa o retorno de um patrocínio estatal ao judô brasileiro. A CBJ não conta com um parceiro da área desde o fim dos contratos com Petrobras e Infraero, em 2016. A Infraero foi a parceira mais longeva da confederação, apoiando o judô brasileiro de 2005 a 2016.

Já o BNDES possuía ligação com outra modalidade olímpica, a canoagem. O banco estatal foi patrocinador da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) de 2011 a 2016 utilizando mecanismo de Lei de Incentivo ao Esporte.