O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o novo patrocinador da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Segundo a Máquina do Esporte apurou, o vínculo será válido por quatro anos, com aporte de aproximadamente R$ 80 milhões. Parte desse total, cerca de R$ 12 milhões por ano, virá a partir da Lei de Incentivo ao Esporte.
O anúncio oficial deve ser feito nos próximos dias, em uma viagem a Brasília (DF) de uma delegação capitaneada pelo presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, ex-mandatário do Comitê Olímpico do Brasil (COB), membros da diretoria e algumas estrelas da modalidade no país. Procurado para comentar o acordo, Paulo Wanderley não se manifestou.
Patrocínio
Modalidade que lidera o quadro histórico de medalhas olímpicas do Brasil, o judô atualmente conta apenas com o patrocínio da fornecedora de quimonos Kusakura.
O principal recurso da CBJ vem de repasses da Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias da Caixa ao esporte olímpico e paralímpico brasileiro. Em 2025, segundo o COB informou, o judô receberá R$ 11.508.733,18.
A falta de patrocínios contrasta com o histórico vencedor do Brasil nos tatames. Na história dos Jogos Olímpicos, o judô brasileiro subiu 28 vezes ao pódio, com 5 ouros, 4 pratas e 19 bronzes.
Nos Jogos de Paris 2024, o país conquistou um ouro (Bia Souza), uma prata (Willian Lima) e dois bronzes (Larissa Pimenta e por equipes).
Estatais
A chegada do BNDES representa o retorno de um patrocínio estatal ao judô brasileiro. A CBJ não contava com um parceiro da área desde o fim dos contratos com Petrobras e Infraero em 2016. A Infraero, inclusive, foi a parceira mais longeva da confederação, apoiando o judô brasileiro de 2005 a 2016.
Já o BNDES possuía ligação com outra modalidade olímpica, a canoagem. O banco estatal foi patrocinador da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) de 2011 a 2016, utilizando o mecanismo da Lei de Incentivo ao Esporte.
