A Assembleia Geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) aprovou o orçamento de R$ 594 milhões para 2025. Graças ao aumento de arrecadação com a Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias da Caixa ao esporte olímpico e paralímpico, e aos patrocínios, o COB destinará R$ 482 milhões para as ações esportivas, o que representa 81% do total. Desse montante, R$ 265 milhões serão repassados às confederações olímpicas.
Além desse repasse, o COB também executa diretamente projetos que beneficiam ações esportivas de atletas e confederações. No próximo ano, esse montante superará R$ 63 milhões.
“As políticas de austeridade, assim como ações em áreas como comunicação e marketing, geraram um aumento significativo das receitas e, consequentemente, dos investimentos que faremos diretamente nas ações esportivas”, afirmou Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB, que será substituído por Marco Antonio La Porta em 2025.
Além de um aumento de R$ 23 milhões no orçamento geral, para 2025, o planejamento financeiro prevê um crescimento de 85% para 87% no montante destinado às ações esportivas. O comitê também divulgou que haverá um crescimento de 21% em projetos voltados ao desenvolvimento esportivo.
“O COB está sempre buscando otimizar processos para que os recursos cheguem aos principais atores do movimento olímpico, que são os atletas”, disse Isabele Duran, diretora administrativa e financeira do COB.
Planejamento
Antes de chegar à Assembleia, o orçamento foi aprovado pelos Conselhos Diretor e de Administração do COB, sendo posteriormente homologado pelo Conselho Fiscal.
A Assembleia desta terça-feira (10) contou com a presença da atual diretoria do COB, de representantes das 33 confederações olímpicas, de 15 membros da Comissão de Atletas, além de Marco Antonio La Porta e Yane Marques, presidente e vice-presidente, respectivamente, eleitos para cumprir mandato entre 2025 e 2028.
Além do orçamento, a Assembleia aprovou o planejamento do COB para o próximo ciclo olímpico até Los Angeles 2028. Esse documento deve ser ratificado na primeira Assembleia da nova gestão, em abril.
Por fim, também foi aprovada uma atualização estatutária para que o Conselho Nacional de Dança Desportiva seja rebaixado a entidade reconhecida não mais como confederação olímpica, já que o breaking deixou o programa olímpico após Paris 2024.