O Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou um documento em que credencia agências de marketing esportivo para a captação de contratos de patrocínio para a entidade. A ideia é que mais de uma agência faça esse trabalho terceirizado, modelo que já é seguido há algum tempo pela entidade.
O credenciamento não implica em uma licitação. Ou seja, várias empresas podem ser contratadas para prestar esse tipo de serviço ao comitê, desde que obedeçam aos termos do edital do COB.
Condições
Segundo o documento, ao qual a Máquina do Esporte teve acesso, essas agências necessitam cumprir uma série de exigências, como CNPJ válido e certidões negativas de débitos fiscais e trabalhistas.
Superada essa etapa, as empresas que firmarem parceria com o comitê terão direito a 15% sobre o valor bruto dos contratos de patrocínio que forem fechados por elas.
No caso de parcerias que envolvam permutas, como o acordo com a Max Recovery, que fornece equipamentos de prevenção de lesões e recuperação física, não haverá pagamento à agência de marketing.
Para licenciamento de produtos, a agência contratada terá direito a 15% sobre a garantia mínima estabelecida em contrato. Em acordos em que não há previsão de pagamento mínimo, a agência de marketing ficará com 15% dos royalties.
Já nas renovações de contrato, o comissionamento cai para 10% sobre o valor bruto do novo acordo.
Trabalho
As empresas cadastradas correrão contra o tempo, já que vários contratos foram finalizados em 2024, ano dos Jogos Olímpicos de Paris.
Até o ano passado, ainda durante a gestão de Gustavo Herbetta, o COB contava com 21 acordos, entre patrocinadores e parceiros comerciais. A lista completa era formada por: Ajinomoto, Aliança Francesa, Águia Branca, Azul, Estácio, Havaianas, Grupo Águia, Hemmer, Max Recovery, Medley, Mormaii, Neoenergia, New On, NSports, Peak, Riachuelo, Smart Fit, Subway, Vivo, Voke e XP.
Desses, sobraram apenas sete: Grupo Águia, Hemmer, Medley, Mormaii, Peak, Smart Fit e Vivo. Já a Caixa e as Loterias Caixa se tornaram os patrocinadores másteres do comitê, substituindo a XP, no último acordo fechado ainda durante a gestão de Gustavo Herbetta.
O ex-diretor de marketing, que atuou durante a gestão de Paulo Wanderley Teixeira, deixou o cargo em dezembro, pouco antes da posse de Marco Antonio La Porta como atual presidente do COB. O executivo foi substituído por Manoela Penna, que retornou ao comitê como diretora de comunicação e marketing.