Com Caixa, COB já tem 7 patrocinadores para o ciclo olímpico até Los Angeles 2028

Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB, duranta e COB Expo - Leo Barrilari/COB

Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB, durante a COB Expo 2024 - Leo Barrilari / COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) já conta com sete patrocinadores para o novo ciclo olímpico, que irá até os Jogos de Los Angeles 2028.

Há duas semanas, a entidade assinou um contrato de quatro anos com a Caixa e as Loterias Caixa, que se tornaram o maior patrocínio da história do comitê. Pelo acordo, o COB receberá R$ 40 milhões por ano (total de R$ 160 milhões pelo ciclo inteiro).

“Isso demonstra que realmente impactamos o mercado através do programa que lançamos em 2022, o COB+, no qual conversamos com mais de 250 empresas e conseguimos converter 15 novos patrocinadores”, destacou Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB, em entrevista à Máquina do Esporte.

Apostas esportivas

A Caixa substituiu a XP Investimentos, que era a parceira comercial do COB desde os Jogos de Tóquio 2020 para o segmento financeiro. Já a chegada das Loterias Caixa contempla ativações não só com os produtos lotéricos tradicionais do banco, caso da Mega-Sena, como também com o setor de apostas esportivas, que está em fase final de regulamentação de mercado.

“Neste acordo com a Caixa, blindamos dois segmentos: instituição financeira, que tínhamos a XP, e apostas. Temos entregas voltadas tanto para a estratégia de marketing das Loterias Caixas como da Caixa Econômica Federal”, contou Herbetta.

As Loterias Caixa já pediram autorização ao Ministério da Fazenda para explorar o mercado de apostas esportivas. O prazo esgotou em agosto e houve 113 pedidos de autorização. A pasta analisará a documentação de todas as empresas, e as que forem aprovadas estarão aptas a explorar esse mercado legalmente no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2025.

A empresa tem como trunfo para ter sucesso nesse mercado o fato de já contar com uma rede bastante capilarizada pelo Brasil, com cerca de 13 mil casas lotéricas.

Renovações

Nos Jogos de Paris 2024, o COB contou com 21 patrocinadores. Fizeram parte dessa lista, além da XP, que já deixou a entidade, Medley, Mormaii, Vivo, Smart Fit, Hemmer, Havaianas, Azul, Riachuelo, Subway, Grupo Águia, Peak, Estácio, NSports, Voke, Ajinomoto, Aliança Francesa, Águia Branca, Max Recovery e Newon.

Dessas, cinco empresas já renovaram até 2028. São os casos de Vivo, Grupo Águia, Hemmer, Max Recovery e Mormaii.

“A ideia é trabalhar neste último trimestre [de 2024] em um processo de renovação com os atuais patrocinadores, que obviamente possuem prioridade. Nós  prezamos para que continuem porque Movimento Olímpico é sinônimo de médio e longo prazo”, afirmou Herbetta.

O COB espera que, diante das métricas de retorno e audiência apresentadas com o último ciclo olímpico, possa estender os atuais contratos. Quem não renovar, abre vaga para que o comitê procure outra empresa do mesmo setor atrás de uma nova parceria comercial.

“Vamos buscar outros segmentos que não conseguimos contemplar no ciclo passado para que a gente tenha um portfólio de marcas e uma quantidade total de recursos mais significativo ainda do que foi em Paris”, salientou o executivo.

Material esportivo

Um acordo importante para o COB é com a fornecedora de material esportivo. A Peak entrou no comitê em 2017 e vestiu a delegação brasileira em Tóquio 2020, edição adiada para 2021 por causa da pandemia de Covid-19, e Paris 2024, quando forneceu 50 mil peças ao Time Brasil. O atual acordo é válido até o final deste ano.

Nesse período, a marca chinesa não chegou a entrar efetivamente no mercado nacional. Não há lojas oficiais nem produtos da Peak disponíveis nas redes de varejo do país. Isso pode ser um empecilho para a renovação do acordo com a marca, que em Paris 2024 também foi a fornecedora olímpica de países como Bélgica e Nova Zelândia.

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