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Altos custos e logística dificultam entrada e desenvolvimento de marcas esportivas no Brasil

Ao podcast Maquinistas, Sérgio Baccaro, CEO da 361º no Brasil, explorou as dificuldades de produção no país

Podcast Maquinistas recebe Sérgio Baccaro, CEO da 361º no Brasil, e Camila Pinheiro, gerente de marketing da 361º no Brasil - Reprodução / YouTube (@maquinadoesporte)

O mercado brasileiro apresenta obstáculos para a consolidação e o desenvolvimento de marcas esportivas, especialmente no que diz respeito à capacidade de produção local.

Ao podcast Maquinistas, da Máquina do Esporte, Sérgio Baccaro, CEO da 361º no Brasil, e Camila Pinheiro, gerente de marketing da 361º no Brasil, apontaram que a dificuldade de ter uma cadeia produtiva local, especialmente no segmento de calçados, impacta o desenvolvimento da marca no mercado brasileiro.

Para o CEO, a alta carga tributária e a complexidade logística, características daquilo que é chamado de “custo Brasil”, penalizam tanto as empresas que buscam importar produtos quanto aquelas com interesse em estabelecer fábricas no país. 

“O sonho da 361 é ter uma fábrica no Brasil, ajudar parceiros, indústrias, a se modernizarem para que a gente tenha condições de ter um calçado brasileiro. É um sonho para a gente porque custa caro o imposto para trazer para cá. Custa caro a logística de trazer do outro lado do mundo para cá”, disse.

“Poderíamos estar produzindo aqui e vendendo para vários países da América do Sul pelo Mercosul sem pagar imposto também. Então é um sonho”, seguiu.

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Na avaliação do executivo, este cenário limita a criação de postos de trabalho e restringe o acesso a tecnologias de ponta para a indústria nacional.

“Eu que a chegada da 361 seja um estimulador para as outras marcas, principalmente as marcas nacionais. Eu vejo uma, talvez duas, marcas nacionais produzindo calçados com um pouco mais de tecnologia, mas vejo outras menores não conseguindo fazer isso”, apontou.

“Ele quer produzir um calçado com a mesma tecnologia que a China, mas para trazer uma máquina de lá é caríssimo”, acrescentou.

No entendimento de Sérgio Baccaro, é necessário que o país adote uma abordagem focada em colaboração internacional em vez de erguer apenas barreiras comerciais.

“Ao invés do Brasil brigar contra a entrada da China e seus produtos, acho que o Brasil deveria construir laços com indústrias, não só no segmento esportivo. China talvez no imaginário das pessoas seja uma inimiga, mas é um dos países que mais desejam ter parcerias com os outros países do mundo”, concluiu o CEO da 361º no Brasil.

O episódio do Maquinistas, podcast apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Sérgio Baccaro, CEO da 361º no Brasil, e Camila Pinheiro, gerente de marketing da 361º no Brasil, está disponível no canal da Máquina do Esporte no YouTube: