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Clubes da Superliga passam a se ver como sócios e deixam rivalidade para as quadras

Para Anderson Marsili, presidente do Vôlei Guarulhos, os times entenderam que não são rivais nos negócios e precisam trabalhar juntos

Sada Cruzeiro x Vôlei Renata pela final da Superliga Masculina 2024/2025 - Wander Roberto / CBV

Anderson Marsili, presidente do Vôlei Guarulhos, afirmou no Maquinistas, o podcast da Máquina do Esporte, que a mentalidade dos executivos das equipes da Superliga está em processo de transformação. Para ele, a visão de que os clubes são adversários dentro e fora das quadras vem dando lugar a uma percepção mais estratégica e coletiva de que todos são, na verdade, sócios de um mesmo produto.

Essa abordagem, focada no fortalecimento do campeonato como um todo, é vista por Marsili como fundamental para garantir a sustentabilidade e o crescimento do voleibol brasileiro no longo prazo. A mudança também é impulsionada pela compreensão de que o sucesso individual de uma equipe está diretamente ligado à força da liga.

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Em um cenário de grandes diferenças orçamentárias, a união dos times da Superliga para aprimorar o produto se torna o caminho mais viável para elevar o nível de competitividade e o valor comercial do torneio. 

“Quando eu entrei, acho que os clubes se enxergavam como adversários. Hoje, eu posso dizer que nós começamos a olhar que a gente faz parte do mesmo ecossistema e nós somos sócios de um produto”, afirmou Marsili.

Equilíbrio entre os times

A discussão dos interesses acontece por meio de encontros anuais, onde os clubes se reúnem para debater não apenas questões de regulamento, mas o futuro do campeonato. Segundo Marsili, a pauta sobre como valorizar e melhorar a Superliga é recorrente e tem ganhado cada vez mais força, envolvendo discussões conjuntas com entidades como a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e federações estaduais.

A busca por um ecossistema mais saudável passa por resolver desequilíbrios como a grande diferença de investimento entre os times. O presidente do Vôlei Guarulhos aponta que, enquanto alguns clubes possuem orçamentos que ultrapassam R$ 10 milhões, outros lutam para se manter com valores muito inferiores.

“Nós temos que mudar isso [o desequilíbrio] para a gente crescer. É [entender] como a gente dá a sustentabilidade para todo o ecossistema e não para uma parte dele”, comentou o executivo.

O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Anderson Marsili, presidente do Vôlei Guarulhos, está disponível no canal da Máquina do Esporte no YouTube: