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Inteligência artificial: Os cuidados ao utilizar a ferramenta

Convidado do último episódio do Maquinistas, Anselmo Albuquerque, CEO da Lean Agency, falou sobre os benefícios e os perigos do uso da IA no mercado publicitário

Inteligência artificial é capaz de facilitar a vida, mas é preciso tomar certos cuidados com o uso da ferramenta - Reprodução / TechLoverz

A inteligência artificial (IA) vem revolucionando o mercado publicitário ao transformar profundamente a forma como o conteúdo é produzido, distribuído e consumido. Ferramentas baseadas em IA permitem criar anúncios, roteiros, imagens e vídeos de maneira mais rápida, personalizada e eficiente, ampliando o potencial criativo das marcas e otimizando o processo de comunicação.

Além da produção, a ferramenta também atua na análise de dados e no direcionamento estratégico das campanhas, identificando preferências e comportamentos do público para entregar mensagens altamente segmentadas. Essa personalização, impulsionada por algoritmos e aprendizado de máquina, está redefinindo a relação entre marcas e consumidores, tornando a publicidade mais interativa e relevante.

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Nesse cenário, a inteligência artificial não apenas aprimora os resultados das ações de marketing, mas também redesenha o papel dos profissionais da área, que passam a integrar criatividade humana e tecnologia na construção de experiências publicitárias mais eficazes e envolventes.

Em sua participação no Maquinistas, o podcast da Máquina do Esporte, Anselmo Albuquerque, CEO da Lean Agency, falou sobre as facilidades que a IA oferece para o profissional no mercado de trabalho, porém aproveitou para destacar alguns pontos de atenção necessários quando se usa essa tecnologia.

O viés da inteligência artificial

Como uma tecnologia criada por seres humanos, a inteligência artificial também acaba por ter um viés. Como a IA vai “aprendendo” conforme o uso por parte do ser humano, muitas vezes acabam se perpetuando preconceitos dentro da própria ferramenta.

Anselmo demonstrou isso ao contar sobre as vezes que pediu para a ferramenta gerar imagens de “pessoas de sucesso”. Mesmo sem especificar gênero, raça e classe social, a IA gerou apenas imagens muito semelhantes, de homens brancos vestidos de terno. Apenas depois de diversas tentativas foi que a tecnologia gerou a imagem de uma mulher.

“Temos que ter esse cuidado com o viés, que é outra coisa que às vezes as pessoas erram no uso da inteligência artificial, que é perpetuar algumas falhas sociais e culturais”, ressaltou o executivo.

Solução

Como os sistemas de IA aprendem a partir de informações históricas, eles podem reproduzir e até amplificar desigualdades existentes na sociedade. Além do compromisso ético e da diversidade nas equipes que desenvolvem essas tecnologias, Anselmo considera que o próprio uso da ferramenta pode contribuir para que este viés não se perpetue.

Para o executivo, durante o uso, é possível “treinar” a inteligência artificial, de maneira que ela não perdure a reprodução desses preconceitos. Anselmo contou que, ao repetir o experimento da “pessoa de sucesso”, sua IA já gera, espontaneamente, imagens de pessoas mais diversas.

O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Anselmo Albuquerque, CEO da Lean Agency, está disponível no canal da Máquina do Esporte no YouTube: