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Maquinistas: Expansão da NFL e do Miami Dolphins passa por gestão local e flag football

Felipe Formiga, vice-presidente de desenvolvimento internacional dos Dolphins, foi o convidado do podcast da Máquina do Esporte nesta semana

Felipe Formiga, do Miami Dolphins, participou do podcast Maquinistas - Arte / Máquina do Esporte

A NFL é o maior fenômeno esportivo dos Estados Unidos, mas vive um momento de saturação no mercado doméstico. Diante desse cenário, a expansão internacional acabou virando proridade para a liga e também para as franquias. Quem compartilhou os bastidores dessa estratégia no Maquinistas, o podcast da Máquina do Esporte, no episódio desta semana foi Felipe Formiga, vice-presidente de desenvolvimento internacional do Miami Dolphins.

Formiga construiu sua trajetória em empresas globais do esporte: começou na Adidas, onde chegou a liderar, por exemplo, a unidade de running no Brasil; passou pela On Running como head de marketing; e esteve na Oakley, onde foi a “voz” dos segmentos de e-Sports e gaming, passando, depois, a atuar diretamente com a NFL, já que a marca é patrocinadora da liga. Essa vivência abriu caminho para assumir, atualmente, a missão de expandir a atuação dos Dolphins e da própria NFL.

Para massificar o acesso ao futebol americano, uma das apostas tem sido o flag football, modalidade inspirada na estrutura do jogo, mas de prática mais acessível e improvisada. Além de quebrar barreiras de entrada, o esporte será olímpico em Los Angeles 2028.

“O flag football veio para estourar a bolha. É semelhante ao futebol americano, ajuda na familiarização com a bola, com as dinâmicas e com a cultura do esporte”, explicou Formiga.

A internacionalização da NFL passa ainda pela contratação de gerentes nacionais (country managers) em países-chave, como Brasil, México e Espanha, permitindo adaptações locais da estratégia. Não por acaso, os Dolphins farão um jogo no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, em novembro.

No Brasil, a atuação combina dois pilares. De um lado, programas de educação e acesso, como o “Junior Dolphins”, que já levou técnicos ao Rio de Janeiro e a São Paulo e impactou mais de mil jovens. Do outro, ações de massificação, como a parceria com o Podpah, que aproxima o futebol americano de novos públicos e conecta a marca a comunidades digitais.

“Trabalhamos de duas maneiras: refinando a base que já existe e, ao mesmo tempo, popularizando o acesso e a conversa sobre o futebol americano e sobre os Dolphins”, afirmou o executivo.

A visão de negócios também passa por transformar propriedades em plataformas de experiência.

“O mercado americano de esporte e entretenimento não perde oportunidade de enxergar as coisas de diferentes perspectivas, seja na geração de negócios ou de experiências”, comentou Formiga, após comparar a visita a um jogo do Corinthians na Neo Química Arena com a preparação do mesmo estádio para receber uma partida da NFL.

O episódio ainda abordou temas como hipersegmentação de patrocínios, uso de inteligência artificial (IA) para potencializar negócios, integração entre eventos em Miami (EUA) e a importância de explorar a imagem dos atletas de forma autêntica.

O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Felipe Formiga, vice-presidente de desenvolvimento internacional do Miami Dolphins, irá ao ar nesta terça-feira (2), às 19h (horário de Brasília), no canal da Máquina do Esporte no YouTube: