Nos últimos Jogos Paralímpicos, realizados no ano passado, em Paris, na França, o Brasil mais uma vez se destacou, alcançando a quinta colocação na classificação geral, com 89 medalhas conquistadas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Durante o evento, o país ultrapassou a marca de 400 medalhas obtidas na história.
Loraine Ricino está à frente da área de marketing do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), entidade responsável pelo êxito do país nas competições.
A profissional foi a entrevistada desta semana do Maquinistas, podcast da Máquina do Esporte. Durante a conversa com Erich Beting e Gheorge Rodriguez, ela comentou sobre os desafios enfrentados no cargo.
Com experiência em grandes empresas de setores como telecomunicações e aviação, Loraine assumiu o posto em maio do ano passado, tendo a oportunidade de acompanhar o desempenho dos atletas nos Jogos Paralímpicos de Paris. A executiva explicou sobre a diferença na lógica do trabalho que passou a realizar na entidade, em comparação às suas atividades anteriores.
“No fim do dia, não é o lucro que importa, se vendeu mais passagens ou celulares. São os resultados. Não é fácil se manter em quinto lugar do mundo numa Paralimpíada, e também pensar em toda a jornada do atleta, se ele vai para o alto rendimento ou não”, explicou.
A jornada do atleta vai muito além da formação. No caso do CPB, o trabalho contempla inclusive a fase em que o atleta deixa de competir profissionalmente.
“Contamos com programas para ajudar o atleta a ingressar em empresas depois que se aposenta”, afirmou.
Na entrevista, a executiva também comentou sobre a evolução do CPB na área de gestão. Atualmente, a entidade conta com cerca de 1 mil funcionários.
“É uma empresa privada de interesse público, que tem essa questão da causa da pessoa com deficiência e do esporte de alto rendimento. É um ecossistema complexo e gigante, com características específicas”, ponderou.
Entre os trabalhos realizados pelo setor de marketing do CPB está o que busca romper com a visão estigmatizada que parte do público ainda cultiva em relação aos atletas paralímpicos.
“Para muitas pessoas, por exemplo, o atleta PCD é visto como um superatleta, um super-herói. Queremos derrubar esse mito. É um atleta de alto rendimento, e ponto”, disse a executiva.
Assista à entrevista completa de Loraine Ricino, diretora de marketing do Comitê Paralímpico Brasileiro CPB), ao Maquinistas, nesta terça-feira (18), a partir das 19h (horário de Brasília), no canal da Máquina do Esporte no YouTube: