A paixão intensa pelo futebol é uma das características mais notáveis entre os consumidores do universo esportivo brasileiro. Ainda assim, na visão do jornalista Mauro Beting, o “país do futebol” não consegue explorar o esporte como produto da maneira como poderia.
Mauro Beting participou do Maquinistas, podcast da Máquina do Esporte, nesta terça-feira (17), e apontou que a paixão do brasileiro pelo futebol deveria ser melhor aproveitada pelo mercado.
“Não tem nada melhor do que o futebol para explicar a paixão incondicional. O time te rebaixa, sacaneia, derruba, faz perder a saúde, e você continua com ele. O time faz tudo de errado, e você continua com ele. Você troca tudo, mas time você não troca”, exaltou o jornalista.
“Falta a gente, que trabalha diretamente com o futebol, conseguir, ainda mais no Brasil, transformar isso em produto. A culpa é nossa, e a responsabilidade de quem tem o dinheiro é tomar a iniciativa, porque tem muito mais coisa para fazer”, acrescentou.
Durante sua participação, Mauro Beting, comentarista no SBT, Warner (TNT Sports, Space e Max) e Jovem Pan, falou sobre sua carreira, o cenário de produção de conteúdo esportivo no Brasil e a ascensão da inteligência artificial.
“Eu vejo [o uso de inteligência artificial] com extrema preocupação, mesmo com alguns dos produtores de inteligência artificial fazendo uma espécie de código de ética. Vai muito além do código de ética e da questão profissional. É sobre a capacidade de pensar”, alertou.
O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com participação do jornalista Mauro Beting, está disponível no canal da Máquina do Esporte no YouTube.