A inteligência artificial (IA) vem movimentando o mundo da publicidade e da propaganda. Notadamente existe um crescimento progressivo no número de propagandas e campanhas publicitárias que se utilizam da ferramenta.
Esta rápida evolução tecnológica da IA suscita debates entre publicitários sobre até que ponto seria ético utilizá-la. Mais do que isso, levanta-se o questionamento: a inteligência artificial pode substituir a inteligência humana?
O Maquinistas desta semana recebeu Anselmo Albuquerque, CEO da Lean Agency. O executivo vem se especializando no uso das novas tecnologias de IA e ofereceu análises sobre como a ferramenta já está impactando e continuará a impactar o mercado publicitário nos próximos anos.
LEIA MAIS: Lean Agency: Como a inteligência artificial está revolucionando o mercado publicitário
LEIA MAIS: Como a Lean Agency consolidou a Betnacional no segmento das casas de apostas
LEIA MAIS: Lean Agency: Há um potencial inexplorado na imagem dos atletas no mercado publicitário brasileiro
“A criatividade é o fator humano, é o que a gente faz com a inteligência artificial, ela é uma ferramenta e isso as pessoas esquecem”, explicou Anselmo.
O futuro da publicidade
Para Anselmo, a inteligência artificial é uma das mais democráticas tecnologias existentes, podendo ser usada por todos, tanto na vida cotidiana quanto no mercado de trabalho. O executivo considera que a IA diminuiu drasticamente a dificuldade de se produzir ideias para campanhas publicitárias.
Ele citou exemplos de ideias de campanhas que podem ser apresentadas usando 100% de inteligência artificial. Apesar do medo em torno do crescimento desta tecnologia no mercado publicitário, Anselmo garante que a parte humana da publicidade jamais será substituída.
“Qual é o maior insumo que nós temos na publicidade? É o ser humano, que produz ideias e estratégias, e isso a IA jamais vai substituir”, afirmou.
Caso Demetri Mitchell
Anselmo afirmou que a inteligência artificial foi a tecnologia mais bem implantada da história e que lutar contra ela é perda de tempo. O convidado comentou sobre o caso de Demetri Mitchell, ex-jogador do Manchester United, que revelou ter utilizado o ChatGPT para negociar seu novo contrato com o Leyton Oriente, da terceira divisão inglesa.
“Sobre o recurso que o jogador usou para fazer a contratação, o fato de você utilizar a IA para ter outro ponto de vista não elimina o ser humano”, enfatizou o CEO da Lean Agency.
Visão de futuro
Para o CEO da Lean Agency, a inteligência artificial trará mais impactos positivos do que negativos, tanto para o mercado publicitário quanto para o mercado de trabalho em geral.
Mesmo admitindo que alguns empregos podem deixar de existir, Anselmo acredita que haverá um aumento de produtividade e uma diminuição na jornada de trabalho, possibilitando um maior tempo livre para o trabalhador.
O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Anselmo Albuquerque, CEO da Lean Agency, está disponível no canal da Máquina do Esporte no YouTube: