Espaçolaser investe em patrocínios esportivos, com foco no social

Nadadores paralímpicos da Espaçolaser Phelipe Rodrigues, Maria Carolina Santiago, Wendell Belarmino Maiara Barreto e Edênia Garcia - Divulgação

Fundada em 2004, a Espaçolaser conta atualmente com mais de 800 unidades instaladas não apenas pelo Brasil, mas também em países como Argentina, Chile, Paraguai e Colômbia.

Em 2013, a empresa resolveu iniciar seu projeto de patrocínios individuais no esporte. Denominada Atletas Espaçolaser, a iniciativa hoje apoia 44 atletas em 11 diferentes modalidades olímpicas e paralímpicas.

Fundador da empresa (ele já não exerce cargo de gestão na companhia) e responsável por criar esse projeto, o empresário Paulo Morais concedeu entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, em que resgatou o histórico dessa iniciativa e comentou sobre as estratégias que movem esses investimentos.

Pai de atleta

A presença da Espaçolaser no universo esportivo tem a ver com a própria história de vida de Morais. “Sou pai de atleta”, explica o empresário.

Seu filho, que também se chama Paulo Morais, integra a seleção brasileira de esgrima, na categoria florete. A equipe de que ele participa conquistou o Campeonato Pan-Americano realizado em Lima, no Peru, no fim do mês passado.

A partir dessa experiência pessoal, o empresário resolveu avançar no apoio esportivo. “Em 2013, com meu filho como atleta e eu entendendo da importância do esporte como ferramenta de transformação pessoal e social, pensei: ‘Precisamos não apenas apoiar o Paulo, que é um atleta tentando se formar, mas pensar nessa questão de forma mais organizada e estrutura, e ver quais modalidades precisam de fato do nosso apoio’. E assim começamos a reunir um time de atletas que sonhavam com a vaga olímpica”, recorda-se.

De acordo com Morais, a condição para o esportista integrar o Atletas Espaçolaser, além do envolvimento com a empresa, era a pessoa ser competitiva. “O objetivo sempre foi manter o atleta focado nos esportes, sem se distrair com sua condição pessoal”, explica.

Segundo Morais, além do patrocínio financeiro, a Espaçolaser também oferece apoio psicológico aos atletas. Ao longo desses 11 anos, já passaram pela equipe da marca nomes de peso do esporte brasileiro, como o surfista Gabriel Medina.

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que terão início no dia 26 deste mês, o time da Espaçolaser será representado por Juliana Campos, do salto com vara.

Já nos Jogos Paralímpicos, que começarão em 28 de agosto, a empresa terá nove patrocinados. São eles: Edênia Garcia, Maria Carolina Santiago, Maiara Barreto, Phelipe Rodrigues e Wendell Belarmino, da natação; Ruiter Silva, do triatlo; Monica Monstrinha, da esgrima; Luiza Fiorese, do vôlei sentado; e Danielle Rauen, do tênis de mesa.

ESG

A opção por modalidades de menor apelo midiático tem a ver com a estratégia adotada pela Espaçolaser em relação aos patrocínios esportivos.

De acordo com Morais, os investimentos não têm como prioridade aumentar a exposição da marca. “Desde o começo, essa nunca foi a nossa preocupação. Os apoios poderiam ser classificados naquilo que hoje é definido como ESG [sigla em inglês para ambiental, social e governança]. Para nós, sempre foi um apoio social, pois acreditamos fortemente no esporte como ferramenta de inclusão”, diz.

Promover a visibilidade das modalidades apoiadas pela marca é outra finalidade do projeto esportivo da Espaçolaser.

“Falar de esgrima no Brasil, por exemplo, é falar sobre um esporte absolutamente desconhecido. Se for paralímpico, então, é menos conhecido ainda. Porque as pessoas acompanham as Olimpíadas, mas poucos ficam para a fase seguinte, das Paralimpíadas, dando força aos paratletas, que também precisam do apoio da torcida. Nosso objetivo é dar visibilidade a esses atletas e essas modalidades. E mostrar às outras companhias que elas precisam olhar também para esses atletas das modalidades de menor visibilidade”, afirma Morais.

O empresário atualmente exerce a função de CEO na holding de investimentos PG&MP, fundada por ele em 2022 e que também apoia atletas em modalidades como jiu-jitsu e automobilismo de base. “Tenho absoluta convicção de que uma das formas de fazermos a sociedade melhorar, inclusive pensando em periferias, é investir em esporte como ferramenta de inclusão”, afirma.

Sair da versão mobile