Nike apresenta queda de 10% nas receitas no primeiro trimestre fiscal de 2025

Nike apresentou queda nas receitas no primeiro trimestre fiscal de 2025 - Divulgação / Nike

A má fase vivida pela Nike parece estar longe do fim. A maior marca de artigos esportivos do mundo encerrou o primeiro trimestre fiscal de 2025 com uma nova queda nas receitas.

A empresa norte-americana obteve uma arrecadação de US$ 11,6 bilhões no trimestre que se encerrou no dia 31 de agosto, o que representa uma queda de 10% em comparação com o ano anterior.

Os números são o resultado de erros estratégicos liderados por John Donahoe, que foi demitido do cargo de CEO para dar lugar a Elliott Hill. Mudanças relacionadas ao mercado varejista e à construção de novos tipos de consumidores, entre outras, refletiram no desempenho ruim.

No último trimestre fiscal de 2024, a Nike já havia registrado uma queda de 20% em suas ações após divulgar resultados negativos. O anúncio recente da troca de CEO foi positivo para o desempenho na Bolsa de Valores, mas ainda assim a empresa apresenta uma queda de 16% em 2024.

O relatório referente ao primeiro semestre do ano fiscal de 2025 aponta uma queda de 26% no lucro líquido diluído por ação, para US$ 0,70. O lucro bruto foi de US$ 1,1 bilhão, 28% a menos do que o registrado no ano anterior.

Ainda assim, diretores enxergam pontos positivos no relatório anunciado nesta semana.

“Os resultados do primeiro trimestre da Nike atenderam amplamente às nossas expectativas. Um retorno dessa escala leva tempo, mas vemos vitórias iniciais, do impulso em esportes importantes à aceleração do nosso ritmo de novidades”, disse Matthew Friend, vice-presidente-executivo e diretor financeiro da Nike.

“Nossas equipes estão energizadas com o retorno de Elliott Hill para liderar o próximo estágio de crescimento da Nike”, acrescentou.

Receitas

Considerando-se apenas a marca Nike, as receitas foram de US$ 11,1 bilhões, o que representa uma queda de 10%. A tendência foi observada em todas as regiões geográficas consideradas pela empresa.

O Nike Direct, canal de venda direta ao consumidor, registrou receita de US$ 4,7 bilhões, com queda de 13%. A receita gerada por meio de plataformas digitais apresentou redução de 20%, enquanto as lojas próprias compensaram com um aumento de 1%. Também com queda, o mercado de atacado gerou US$ 6,4 bilhões para a Nike, 8% a menos do que o período comparável anterior.

Considerando-se a marca de calçados Converse, que pertence à empresa norte-americana, as receitas foram de US$ 501 milhões, 15% a menos do que o observado no ano anterior, também com redução em todos os territórios geográficos.

Despesas

A Nike apresentou diminuição de 2% em suas despesas administrativas e com vendas, que passaram a ser de US$ 4 bilhões.

Para criação de demanda, porém, as despesas subiram 15%, para US$ 1,2 bilhão. O principal motivo para o aumento está relacionado ao investimento em marketing, em um período pautado por eventos esportivos de grande importância como os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Por fim, as despesas operacionais indiretas foram 7% menores, de US$ 2,8 bilhões. A queda é um reflexo da diminuição de gastos com o pagamento de salários.

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