A ginasta Rebeca Andrade é a nova embaixadora do Itaú Unibanco. A revelação foi feita pelo CEO da empresa, Milton Maluhy Filho, em seu próprio LinkedIn, na manhã desta segunda-feira (9).
“Rebeca não é apenas a maior medalhista brasileira. Ela é a cara do nosso povo: criativa, batalhadora, aguerrida. Mas é também uma atleta serena, que desenvolveu um forte ferramental para ser a vencedora que é, com inteligência emocional, suporte especializado e muita estratégia. Sua trajetória vitoriosa, sempre com sorriso no rosto, trouxe um novo brilho para o esporte brasileiro e inspirou milhares de meninas e meninos a buscar na ginástica um lugar de desenvolvimento”, afirmou o executivo.
De acordo com o CEO, o acordo de patrocínio passa a ser válido imediatamente e terá duração de quatro anos, ou seja, até o fim da próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Los Angeles, em julho de 2028.
“A Rebeca alcançou essa inteligência emocional com muito trabalho. Desde os 13 anos, ela faz terapia com a psicóloga esportiva Aline Wolff e não é um processo que acontece do dia para a noite: treinamento mental, assim como o físico, requer entendimento e dedicação. Se conhecendo melhor, ela soube trabalhar suas potências, e isso permitiu que, ao lado de sua comissão técnica e médica, fossem adotadas as melhores estratégias para conquistar os seus objetivos, sempre respeitando os limites do que ela poderia ou não fazer”, destacou Dani Schneider, fundadora e CEO da Agência de Atletas, que cuida da carreira da ginasta.
“Comercialmente falando, seguimos com o mesmo preceito, respeitando as competências de cada um da equipe, de forma com que ela possa, com tranquilidade, trazer o seu melhor para cada área de trabalho, seja no ginásio, seja na publicidade”, acrescentou.
O contrato com Rebeca foi tão celebrado pelo Itaú Unibanco que o próprio perfil do banco no Instagram mudou para dar as boas-vindas à ginasta, que, em Paris 2024, se tornou a maior medalhista brasileira em toda a história olímpica, com seis ao todo. Há um pequeno “Bem-vinda, Rebeca” no texto do perfil e outro enorme na única publicação (dividida em nove partes) que aparece na página no momento. Isso porque todas as outras publicações que haviam sido feitas no perfil desde 2012 foram simplesmente apagadas.
Fenômeno da ginástica e do marketing
Com o acerto com o Itaú Unibanco, Rebeca Andrade chega a 16 patrocinadores oficiais. Na semana passada, a ginasta havia fechado com Sadia e Qualy. Já os outros 13 parceiros já a acompanhavam antes dos Jogos de Paris: Adidas, Docile, Havaianas, Hemmer, Invisalign, Medley, Nivea, Panasonic, Parmalat Whey Fit, Riachuelo, Sankhya, Volvo e Vult.
Mas por que a ginasta se tornou esse verdadeiro fenômeno do marketing, capaz de arrebanhar tantos patrocinadores fortes, de tantos segmentos diferentes? Para Dani Schneider, Rebeca é autêntica, não esquece de onde veio e mostra, a todo momento, que, mesmo com toda a fama e os resultados dentro e fora da ginástica, continua sendo a mesma menina nascida em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo (SP), e que tinha muitos sonhos para serem realizados.
“A Rebeca representa muitos ‘Brasis’. Ela conversa com diversos públicos que se sentem verdadeiramente representados por ela, orgulhosos não somente das conquistas, mas da forma com que ela se apresenta ao mundo. Da mesma maneira que ela sabe o lugar que alcançou, ela enaltece quem veio antes dela e, mais do que isso, faz questão de mostrar que segue sendo a ‘Rebeca, filha da Dona Rosa’, a ‘atleta do Xico’, que se inspirou na Daiane dos Santos, aquela que abriu os caminhos para que ela pudesse surgir. E o fato de não serem apenas palavras, dela genuinamente agir conforme o que fala, faz com que as pessoas se identifiquem ainda mais. O mercado compreendeu isso 100%”, explicou a executiva.
Para a fundadora e CEO da Agência de Atletas, que tem entre seus agenciados outros grandes nomes do esporte nacional, como Bia Souza, Ana Marcela Cunha, Rafaela Silva, Duda Lisboa, Luisa Stefani, Flávia Saraiva, Martine Grael, Kahena Kunze, Robert Scheidt, Torben Grael, Lars Grael, Bruno Fratus, Bruno Schmidt e Alison Cerutti “Mamute”, Rebeca já transcendeu o segmento da ginástica e até mesmo do esporte como um todo, o que reverbera cada vez mais no mercado.
“Ela significa muito. Para além do ‘Efeito Rebeca’ nos ginásios Brasil afora, que explodiram de inscrições na base, Rebeca marcou o mundo nesta última edição de Jogos Olímpicos. A foto do pódio preto e da reverência a ela é icônica e muito representativa mundialmente, o que fortalece a imagem esportiva do Brasil. Fala sobre não sermos somente o país do futebol, mostra que podemos ser potência em outras modalidades. Fala com a criança que está do outro lado da tela: você pode chegar lá, não somente na ginástica, mas no que você quiser ser. É esse tipo de inspiração que coloca o esporte como plataforma para mudanças positivas no futuro”, concluiu Dani Schneider.
No início de junho, cerca de um mês e meio antes dos Jogos Olímpicos de Paris, Dani foi entrevistada por Erich Beting e Gheorge Rodriguez no podcast Maquinistas, da Máquina do Esporte. À ocasião, ela deu diversas opiniões sobre o que pensa do mercado. A íntegra pode ser assistida abaixo: