Como parte da celebração de seus 90 anos, completados em 2024, a Perdigão decidiu investir no esporte. As primeiras ações na área foram voltadas à National Football League (NFL), com o patrocínio oficial à competição de futebol americano no Brasil.
Não demorou muito, porém, para que a marca voltasse suas atenções para o futebol, principal esporte de massa do país.
Em entrevista concedida nesta semana à Máquina do Esporte, Marina Secaf, gerente-executiva de marketing da Perdigão, comentou sobre as estratégias da marca para o esporte.
De acordo com ela, os investimentos feitos na área ocorreram após uma análise criteriosa.
“A Perdigão completou 90 anos e está presente em 90% dos lares brasileiros. Não poderíamos entrar em qualquer esporte. Teria de ser algum que tivesse conexão com os nossos produtos”, explicou.
Apesar de ainda ser uma competição de nicho no país, a NFL acabou sendo a escolhida. Dois motivos pesaram para essa decisão.
“O Brasil representa a maior base de fãs da liga fora dos Estados Unidos. Além disso, a NFL tem muita conexão com nosso portfólio, por conta dessa tradição do churrasco associado aos jogos”, disse.
Não por acaso, a Perdigão tem marcado presença no NFL in Brasa, evento promovido em São Paulo (SP) na semana do Super Bowl, jogo que decide a temporada.
Além disso, a Perdigão também estará presente no segundo jogo internacional promovido pela NFL em território brasileiro, marcado para o dia 5 de setembro.
A partida será realizada na Neo Química Arena, em São Paulo (SP), e já tem o Los Angeles Chargers como um dos times confirmados (o adversário ainda será definido).
“A expectativa está muito grande”, ressaltou Marina.
O entusiasmo da Perdigão com a NFL tem sua razão de ser e pode ser medido pela grande interação proporcionada pelos conteúdos relacionados à competição, compartilhados nas redes da marca.
“No digital, costumamos ativar os patrocínios com foco em entusiastas e aficionados em NFL. Um dado interessante é que 45% do engajamento desses conteúdos vem do público feminino, o que reforça a conexão com o consumidor”, disse a gerente.
Futebol
A boa experiência com a NFL levou a Perdigão a desbravar novos territórios. E ela optou pelo futebol, esporte mais popular do Brasil.
A marca iniciou seus investimentos pela Copa do Nordeste.
“A região é estratégica, pois responde por 26% do consumo da marca no país. Quando o assunto são embutidos, esse percentual chega a 42%”, explicou Marina.
Neste ano, o patrocínio à competição foi renovado e ganhou um reforço, com a utilização da cantora baiana Ivete Sangalo, que já era embaixadora da marca, na campanha “Torcer juntos tem sabor de Perdigão”.
A marca resolveu explorar outros territórios no futebol. Neste ano, patrocinou, por exemplo, as transmissões do Paulistão na TV aberta, feitas pela Record.
Depois, também adquiriu uma das cotas de patrocínio das transmissões da Série A do Brasileirão na TV Globo.
“O futebol é uma ocasião perfeita para churrasco. Aproveitamos a grande audiência das partidas, que mobilizam um público enorme, para ativar nossa linha completa, que agora inclui cortes bovinos, com um portfólio que traz as proteínas mais tradicionais do churrasco”, destacou a gerente.
Além dos patrocínios a competições e transmissões, a empresa fechou neste ano contrato com o Cruzeiro, para estampar a submarca Perdigão Na Brasa na barra frontal da camisa do time. O acordo será válido até janeiro de 2026.
A linha é uma das principais apostas da marca para este ano, tanto que a Perdigão contratou o cantor Michel Teló para estrelar a campanha “É Perdigão Na Brasa”, feita em parceria com a agência AlmapBBDO.
No vídeo, o músico e alguns atores fazem uma paródia (que fala sobre churrasco) do hit “Ai Se Eu Te Pego”, que, aliás, virou sucesso internacional na década passada, depois que astros do futebol, como Neymar, passaram a comemorar gols imitando a coreografia da canção.
A estreia da campanha ocorreu no intervalo da transmissão da final do Paulistão 2025 pela Record, entre Corinthians e Palmeiras.
“Sertanejo tem tudo a ver com churrasco e personifica a brasilidade”, concluiu Marina Secaf.