O acordo firmado entre o Grupo Globo, maior conglomerado de mídia do Brasil, e a National Football League (NFL) serviu para “bagunçar o quintal” no mercado de transmissões esportivas do país.
Enquanto a empresa da família Marinho e a organização esportiva norte-americana comemoram a parceria, que foi anunciada nesta semana, a RedeTV!, que vinha exibindo a competição em sinal aberto para todo o país, deverá ter seus direitos de transmissão mutilados.
A Máquina do Esporte apurou que o canal perdeu os direitos aos playoffs e ao Super Bowl, jogo que decide a temporada e que representa o principal evento da competição no ano.
Dessa forma, o Super Bowl LX, que ocorrerá em 9 de fevereiro de 2026, será exibido no Brasil pelo Grupo Globo, que se alternará com a ESPN na exibição do evento (o canal da Disney terá direito a mostrar esse jogo ao vivo em 2027).
Com as mudanças no acordo, a RedeTV! também não poderá mais transmitir o primeiro jogo internacional da temporada, que será realizado na Neo Química Arena, em São Paulo (SP), na sexta-feira que vem (5), entre Kansas City Chiefs e Los Angeles Chargers.
Permanência ameaçada
A parceria da Globo com a NFL foi negociada pelas altas cúpulas das duas instituições. Para a RedeTV!, restaria apenas a opção de seguir exibindo jogos da temporada regular da competição de futebol americano.
Essa condição, considerada pouco vantajosa, ameaça a permanência das transmissões da NFL no canal aberto, que pode deixar de exibir o campeonato. Os representantes da emissora não foram localizados para se pronunciar oficialmente sobre o caso.
Vale lembrar que, além de Grupo Globo e ESPN, a liga também é transmitida no país pela CazéTV. E o jogo em São Paulo estará disponível em inglês e português para assinantes, via NFL Game Pass, no DAZN.
Além disso, a liga anunciou que fará a transmissão global dessa partida, de maneira gratuita, em seu canal no YouTube.
Inicialmente, a tendência é de que o Grupo Globo concentre as transmissões da NFL na emissora por assinatura Sportv e na plataforma digital GeTV.
Por enquanto, ainda não está definido qual será o papel do canal aberto da empresa, que possui a maior média de audiência do país, nessa operação envolvendo a NFL.
