Os clubes que integram a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) se reuniram nesta quarta-feira (7), no Hotel Hilton São Paulo Morumbi, na zona sul de São Paulo (SP), e optaram por dar continuidade às negociações para a venda dos direitos de transmissão nas TVs aberta e fechada com o Grupo Globo. As equipes contam com uma proposta de R$ 1,3 bilhão por ano em um acordo válido por cinco temporadas (2025 a 2029) para exibição de seus jogos pela Série A do Brasileirão.
Pela proposta da Libra, a divisão desse montante seria 40% de maneira igualitária entre os times, 30% por desempenho e 30% por meio de engajamento e número de jogos transmitidos.
Reaproximação
A decisão não quer dizer que haja um afastamento em relação aos clubes que integram a Liga Forte União (LFU). As negociações entre os cartolas de ambos os lados foram recentemente retomadas. Segundo a Libra, “este é um importante passo no processo de formação de uma liga nacional, que contemple as 40 equipes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro”.
“Foi uma reunião muito produtiva, em que analisamos diversos formatos para seguir em frente. De forma conjunta, optamos por avançar com a proposta da Rede Globo, parceira histórica do futebol brasileiro, e que já se encontra em estágio avançado de negociação”, comentou Julio Casares, presidente do São Paulo e membro do comitê de negociação da Libra.
A reunião, que durou pouco mais de duas horas, contou com a participação de todos os clubes da Série A integrantes da Libra. Atualmente, o bloco conta com 19 equipes: ABC, Atlético-MG, Bahia, Brusque, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Paysandu, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.
Com relação à primeira divisão nacional, a Libra conta com nove times em 2024, enquanto a LFU possui os 11 restantes.
“Queremos reforçar nosso objetivo principal, que é a criação de uma liga inédita no Brasil envolvendo os 40 clubes das duas primeiras divisões. Escolhemos o caminho que acreditamos ser aquele que mais contribuirá neste processo. As condições colocadas na mesa durante as negociações apontam nesta direção”, afirmou Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG.
Pelo atual contrato, a Globo paga R$ 1,5 bilhão pelos direitos de mídia para as TVs aberta e fechada. Essa quantia é dividida entre os 20 clubes que disputam a Série A.