EXCLUSIVO: LFU define agência Peak para comercializar direitos de transmissão da Série B

Botafogo-SP, que integram a LFU, se enfrentam pela Série B do Brasileirão - Laiz Balieiro/Agência Botafogo-SP

Amazonas e Botafogo-SP, que integram a LFU, se enfrentam pela Série B do Brasileirão - Laiza Balieiro / Agência Botafogo-SP

A Liga Forte União (LFU) escolheu a Peak Sport Media como a agência responsável pela comercialização dos direitos de transmissão de seus clubes que integram a Série B do Brasileirão. Para a Série A, os clubes da LFU contam com a parceria de outra agência, a LiveMode, na comercialização desses direitos.

Com a contratação da Peak, a ideia dos times é realizar a venda dos direitos de TV de forma antecipada e, de preferência, com um acordo por mais de uma temporada, para garantir a saúde financeira das equipes.

Neste ano, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teve que costurar os contratos de direitos de transmissão do torneio às vésperas do início da competição. Sem oficializar um acordo a tempo, a Band abriu mão de transmitir a primeira rodada da Série B.

A LFU quer evitar problemas do tipo para o ano que vem. Até porque o bloco de times tem peso ainda mais significativo na segunda divisão do Campeonato Brasileiro do que possui na Série A. Atualmente, o Forte União conta com 16 dos 20 clubes que jogam a Série B, o que equivale a 80% das equipes que disputam o campeonato.

Integram o Forte União: Amazonas, América-MG, Avaí, Botafogo-SP, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Goiás, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Operário-PR, Ponte Preta, Sport e Vila Nova.

Já a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) conta com apenas quatro times na Segundona: Brusque, Guarani, Paysandu e Santos. Desses, o Santos deve subir para a Série A em 2025, enquanto Brusque e Guarani ocupam as duas últimas posições e correm risco de cair para a Série C.

Projeção

Se as Séries A e B terminassem hoje, a LFU perderia na Série B Novorizontino, Sport e Mirassol, que atualmente integram o G4, e CRB e Ituano, que estão no Z4. Em compensação, ganharia Juventude, Cuiabá e Atlético-GO, que atualmente ocupam as três últimas posições da Série A.

Já Volta Redonda, Athletic-MG, Ferroviária e Remo, que subiram da Série C, são clubes independentes. Ainda não se integraram à LFU ou à Libra. Segundo a Máquina do Esporte apurou, já há uma aproximação com o Forte União, mas a entrada no grupo ainda não foi oficializada.

Caso isso ocorra, a LFU ficaria com 90% dos clubes da Segundona no ano que vem, o que valorizaria a venda dos direitos de TV do bloco de times.

Atratividade

Para dirigentes ouvidos pela Máquina do Esporte sobre a venda de direitos de mídia do torneio, mesmo que não conte com nenhum time de grande torcida em 2025, a competitividade da Série B será um dos principais atrativos para o mercado.

“Pouca gente esperava que Novorizontino e Mirassol estivessem brigando pelo acesso nesta altura do campeonato”, constatou o presidente de um clube que luta para não cair.

“Quando começou a Série B, esperava que CRB e Guarani estivessem na primeira parte da tabela de classificação. O CRB foi muito bem na Copa do Nordeste”, surpreendeu-se o presidente de outro time.

De fato, o clube alagoano perdeu o título do Nordestão apenas nos pênaltis para o Fortaleza, que hoje ocupa a terceira posição da Série A do Brasileirão e possui investimento bem superior.

Já o Guarani fez campanha fraca no Paulistão 2024, com apenas 2 vitórias em 12 jogos, e lutou até a última rodada para não cair.

Procurado para comentar a estratégia de venda do torneio, Bruno Rocha, cofundador e CEO da Peak, não respondeu ao contato da reportagem.

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