UFC adota estratégia agressiva para conquista de base de assinantes no UFC Fight Pass

Com uma estratégia bastante agressiva, o UFC lançou no Brasil o UFC Fight Pass, seu serviço de streaming. No exterior, a plataforma existe desde 2013, mas por aqui o canal teve início tardio, já que a organização de artes marciais mistas tinha contrato com a Globo, que explorava esses eventos no canal Combate.

O plano anual está sendo comercializado por R$ 298,80 (mensalidade de R$ 24,90). Já o plano renovado mensalmente sai por R$ 29,90.

Como estratégia de lançamento, o plano anual do UFC Fight Pass está com 50% de desconto (R$ 150) até este sábado (14). Na semana que vem, no sábado (21), haverá o UFC 283, que marca o retorno do UFC ao Brasil, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, após uma ausência de três anos por conta da pandemia.

“Nossa ideia é democratizar o esporte. Viemos com um valor bastante agressivo e uma possibilidade de acesso multiplataformas. Isso faz com que nossa base de fãs tenha acesso. Acreditamos que teremos uma base [de assinantes] muito grande e consistente ao longo dos anos”, afirmou Eduardo Galetti, vice-presidente sênior do UFC para a América Latina, em entrevista à Máquina do Esporte.

Planejamento

A organização não abre o número de assinantes que conquistou até o momento. Segundo o UFC, há uma base de 60 milhões de fãs de artes marciais mistas no Brasil. A ideia é atrair boa parte desse montante para assinar o serviço, que finalmente pôde ser lançado no Brasil por conta do fim do contrato com a Globo.

“É um planejamento que a gente tinha há alguns anos. A partir do momento em que o contrato estava chegando ao fim, começamos a pensar em novas possibilidades e decidimos fazer a vinda do Fight Pass ao Brasil”

Eduardo Galetti, vice-presidente sênior do UFC para a América Latina

Após o fim do contrato com o Grupo Globo, o UFC fechou um acordo com a Band para a TV aberta. A emissora paulista exibirá 12 eventos neste ano, sendo seis cards principais e seis preliminares. Por ora, a organização não pensa em fechar acordo para a TV fechada.

“Temos esses eventos com a Band, mas nosso foco é 100% no Fight Pass, que terá 100% da nossa programação. Vamos ter muitas parcerias de distribuição do nosso aplicativo com empresas de telecomunicações, com grandes portais da internet e com meios de pagamento. Esses parceiros vão nos ajudar a distribuir nosso próprio produto”, contou Daniel Mourão, vice-presidente de marketing e digital do UFC para a América Latina.

Segundo o executivo, no total, o UFC deve ter cerca de 43 eventos pelo mundo. Desses, há possibilidade de que três sejam realizados no Brasil.

“Estamos voltando para o Rio de Janeiro e com a disputa de dois cinturões, um evento histórico. Nunca teve a disputa de dois cinturões aqui no Brasil. Antes da pandemia, vínhamos fazendo três eventos por ano no Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro e alguma outra cidade. Neste ano, não é diferente. Temos essa expectativa”

Daniel Mourão, vice-presidente de marketing e digital do UFC para a América Latina

De fato, o UFC 283 terá a disputa do cinturão dos meio-pesados, entre o brasileiro Glover Teixeira e o norte-americano Jamahal Hill, e o título dos moscas, entre o brasileiro Deiveson Figueiredo e o mexicano Brandon Moreno.

Inauguração

Nesta quinta-feira (13), o UFC Fight Pass estreou os estúdios onde será gravada toda a programação do canal, na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo).

Além dos programas ao vivo, o assinante do UFC Fight Pass também terá acesso, por meio do streaming, a um arquivo de 20 mil lutas de mais de 35 organizações de esportes de combate, incluindo Strikeforce, Pride e WEC. O arquivo de 30 anos de lutas do UFC, claro, também está presente nesse acervo.

“É um grande playground para o fã de artes marciais mistas. Você tem acesso a todos os eventos antigos. Imagina: são 30 anos de conteúdos do UFC disponíveis na plataforma”, finalizou Mourão.

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