O sucesso estrondoso que Netflix e Fórmula 1 obtiveram com a série “Drive to Survive”, em que são retratados os bastidores da categoria máxima do automobilismo mundial, fez crescer o olhar para o esporte dentro da maior empresa de streaming do mundo. Recentemente, o site americano Business Insider chegou a noticiar que a plataforma entraria na concorrência pelos direitos de transmissão da F1 nos EUA com Disney, NBC e Amazon.
Mas, pelo menos por enquanto, a Netflix não pretende seguir seus concorrentes e transmitir eventos ao vivo. Isso foi o que disse, nesta quinta-feira (23), Ted Sarandos, co-CEO da empresa, durante participação em um evento fechado dentro do Festival Cannes Lions, na França.
Sarandos foi questionado se haveria interesse da Netflix em apostar em esportes ao vivo. O executivo afirmou que a empresa tem obtido grandes resultados com o conteúdo que tangencia o evento esportivo e, na sequência, citou a série voltada para a Fórmula 1 e também o documentário “The Last Dance”, que retrata a última temporada de Michael Jordan no Chicago Bulls, em parceria com a ESPN americana.
Para Sarandos, atualmente, tem mais lógica para a Netflix investir nesse tipo de conteúdo do que se apegar à disputa por eventos ao vivo. Pensamento diferente em relação à Apple, por exemplo, que também conseguiu enorme sucesso com a série Ted Lasso, e, na semana passada, anunciou uma parceria com a Major League Soccer (MLS) para distribuir mundialmente a liga americana de futebol pelos próximos dez anos.
“Nosso negócio é sob demanda. Temos muito conteúdo de esportes que são relevantes”, disse Sarandos, que tentou ao máximo não entrar em polêmica sobre o assunto.