F1 e Audi oficializam entrada da marca alemã na categoria em 2026

Agora é oficial: a Audi, que faz parte do Grupo Volkswagen, fará parte da Fórmula 1 a partir de 2026 como fornecedora de unidades de potência. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (26), véspera do retorno da categoria após as férias de verão na Europa, com o Grande Prêmio da Bélgica, em Spa-Francorchamps.

De acordo com o site oficial da F1, a entrada da nova marca ocorre “depois que novos regulamentos de unidades de potência, projetados especificamente para tornar possível e atraente para os recém-chegados ingressarem no esporte em um nível competitivo, foram publicados no início deste mês”.

As unidades de potência de 2026 manterão a arquitetura atual do motor de combustão interna V6, mas apresentarão maior potência elétrica e combustíveis 100% sustentáveis, dois fatores que a Audi afirmou serem fundamentais para a adesão à categoria. A marca acrescentou que apoia os planos da F1 de ser mais sustentável e eficiente em termos de custos, com um limite para os fabricantes de unidades de potência que será introduzido em 2023, e a F1 estabelecendo uma meta de ser carbono zero até 2030.

“Estou muito feliz em receber a Audi na Fórmula 1, uma marca automotiva icônica, pioneira e inovadora na tecnologia. Este é um momento importante para o nosso esporte. que destaca a enorme força que temos como uma plataforma global que continua a crescer”, celebrou Stefano Domenicali, presidente e CEO da F1, que trabalhou para a Volkswagen por um período a partir de 2014.

“Também é um grande reconhecimento que nossa mudança para motores híbridos de combustível sustentável em 2026 é vista uma solução futura para o setor automotivo. Estamos todos ansiosos para ver o logotipo da Audi no grid e ouviremos mais detalhes sobre seus planos no devido tempo”, completou o executivo.

Apesar dos rumores de que estaria negociando com a Sauber, atual parceira da Alfa Romeo, a Audi deixou claro que anunciará uma decisão sobre com qual equipe estará alinhando no grid em 2026 até o final deste ano.

O que já está definido, porém, é que as instalações da Audi Sport, em Neuburg, na Alemanha, serão o local onde a unidade de potência será desenvolvida, marcando a primeira vez em mais de uma década que um motor de F1 será construído em território alemão. Além disso, outra decisão já tomada é que Adam Baker, que ocupou vários cargos seniores para fabricantes e equipes no automobilismo, e também passou três anos na Federação Internacional de Automobilismo (FIA), será o CEO do projeto da montadora na F1.

Reprodução / Twitter (@F1)

“O automobilismo é parte integrante do DNA da Audi. A Fórmula 1 é um palco global para nossa marca e um laboratório de desenvolvimento altamente desafiador. A combinação de alto desempenho e competição é sempre um motor de inovação e transferência de tecnologia na nossa indústria. Com as novas regras, agora é o momento certo para nos envolvermos. Afinal, a Fórmula 1 e a Audi buscam objetivos claros de sustentabilidade”, explicou Markus Duesmann, presidente do Conselho de Administração da Audi.

“Em vista dos grandes saltos tecnológicos que a categoria está dando em direção à sustentabilidade em 2026, podemos falar de uma nova Fórmula 1. A Fórmula 1 está se transformando, e a Audi quer apoiar ativamente essa jornada. Uma estreita ligação entre o nosso projeto de Fórmula 1 e o departamento de desenvolvimento técnico da Audi permitirá ótimas sinergias”, destacou Oliver Hoffmann, membro do Conselho de Administração da Audi para desenvolvimento técnico.

Vale lembrar que a Audi conta com uma história rica dentro do automobilismo, apesar de não contar com nenhuma tradição na F1 especificamente. A montadora já venceu, por exemplo, 13 vezes as 24 Horas de Le Mans, uma das provas mais icônicas do calendário mundial.

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