O calendário da MotoGP passará por uma grande alteração a partir do ano que vem. A Federação Internacional de Motociclismo (FIM), a Associação Internacional das Equipes de Motociclismo (IRTA), a Associação dos Fabricantes de Esportes de Motocicletas (MSMA) e a Dorna Sports, dona dos direitos comerciais da categoria, confirmaram que as corridas em formato sprint passarão a ser adotadas em todas as etapas da temporada 2023.
As “novas provas” ocorrerão nos sábados que antecedem cada Grande Prêmio, terão duração equivalente a 50% de uma corrida comum e adotarão as mesmas regras. Ao contrário do que ocorre na Fórmula 1, as sprints não terão qualquer influência no grid de largada, que continuará a ser definido nos treinos classificatórios.
Pontuação decrescente
As corridas sprint somarão pontos para os pilotos que alcançarem as melhores classificações, começando com 12 pontos para o primeiro colocado, nove para o segundo, sete para o terceiro e seis para o quarto. Depois disso, haverá decréscimo de um ponto, até chegar ao nono lugar. Do décimo em diante, não haverá pontuação.
“O objetivo da FIM, IRTA e Dorna, desde o início, tem sido melhorar ao máximo tudo o que pudermos no esporte: a segurança, o show, tudo”, afirmou Carmelo Ezpeleta, diretor executivo da Dorna Sports, ao site britânico SportsPro Media.
Embora não seja unanimidade entre os competidores, a mudança conquistou alguns apoios importantes, caso de Marc Márquez, detentor de oito títulos na MotoGP. Para o espanhol, as novas provas de tiro curto deixarão a categoria “mais espetacular”.
Parceria com a Gryfyn
A MotoGP também anunciou que a Gryfyn, carteira de custódia centrada na empresa de softwares e games Animoca Brands, com sede em Hong Kong, será a patrocinadora do Grande Prêmio de San Marino de MotoGP pelos próximos dois anos.
“Estamos muito orgulhosos de fortalecer nossa parceria com a Dorna Sports e ansiosos para o lançamento de novas iniciativas da Gryfyn para ativar ainda mais a MotoGP e outras marcas da Dorna Sports no Metaverso aberto emergente”, disse Yat Siu, cofundador e presidente executivo da Animoca.
Em julho deste ano, a Dorna Sports, que gerencia a MotoGP, anunciou o refinanciamento da dívida para longo prazo, após registrar um déficit de € 44,8 milhões em 2021. Apesar do prejuízo, os números foram comemorados, já que representam menos da metade do rombo verificado em 2020, de € 94,5 milhões. A empresa conseguiu voltar a ter receitas superiores às do período que antecedeu a pandemia, faturando € 310 milhões no ano passado.