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Raio-X da NBA: A evolução e as mudanças da liga para a temporada 2025/2026

Nova temporada marca recordes de patrocínios e direitos de transmissão, com jogadores e liga mais ricos do que nunca

Temporada 2025/2026 da NBA terá início nesta terça-feira (21) - Arte / Basketball Forever

A temporada 2025/2026 da NBA começará nesta terça-feira (21), com o confronto entre o atual campeão, o Oklahoma City Thunder, e o Houston Rockets. Como já é tradição na liga, antes da partida será feita a cerimônia de entrega do anel de campeão, coroando o primeiro título da franquia de Oklahoma.

A nova temporada da maior liga de basquete do mundo será marcada também por novidades, salários astronômicos e muito dinheiro com o novo acordo de mídia firmado pela NBA com Amazon, ESPN e NBCUniversal.

O impacto do novo acordo

A NBA finalizou um acordo com Amazon, ESPN e NBC para o novo ciclo de direitos de transmissão por US$ 76 bilhões. O contrato será válido por 11 anos, com início justamente na temporada 2025/2026. Este valor é o maior da história da liga, colocando-a atrás apenas da NFL nos EUA.

A maior liga de basquete do mundo apostará em um conteúdo multiplataforma. Além do NBA League Pass, streaming próprio da liga, os jogos também serão transmitidos no Peacock (streaming da NBCUniversal) e no Prime Video (da Amazon).

Esse foi um dos motivos pelos quais Adam Silver, comissário da NBA, optou pelo fim do contrato com a Warner Bros. Discovery (WBD), que transmitiu jogos da liga durante 36 anos nos EUA.

“Nossos novos acordos globais de mídia com Disney, NBCUniversal e Amazon maximizarão o alcance e a acessibilidade dos jogos da NBA para fãs nos Estados Unidos e ao redor do mundo”, disse o executivo. 

Com o novo acordo bilionário, a NBA passará a receber U$S 6,9 bilhões por ano pelos direitos de transmissão. Para efeito de comparação, no ciclo de transmissão de 2008 até 2016, a liga recebia U$S 930 milhões anuais pelos mesmos direitos.

Destes U$S 6,9 bilhões anuais, a ESPN contribuirá com U$S 2,6 bilhões, enquanto NBCUniversal e Amazon pagarão U$S 2,5 bilhões e U$S 1,8 bilhão, respectivamente.

Mais dinheiro para a liga, mais dinheiro para os jogadores

A NBA utiliza uma política restrita de teto salarial. Dessa forma, a liga estabelece um valor máximo para a folha salarial de cada franquia. Se a equipe decidir ultrapassar esse valor, sofrerá consequências que são mais ou menos graves, de acordo com o tamanho da quantia gasta pelo time além do valor estabelecido para o teto salarial. Estas consequências variam de taxas milionárias para os donos, até cláusulas que limitam a assinatura e a troca de jogadores.

O teto salarial da NBA é sensível a mudanças e acordos assinados pela liga, sendo revisto ano a ano de acordo com o desempenho financeiro anual. Com a assinatura do novo contrato de direitos de mídia, a NBA aumentou o teto salarial em U$S 14 milhões, chegando à marca de U$S 154 milhões. Nos últimos cinco anos, o teto salarial da NBA aumentou mais de 41%, saindo de U$S 109 milhões na temporada de 2019/2020, para o valor atual, que será utilizado na temporada de 2025/2026.

Os jogadores mais bem pagos da NBA na temporada que terá início nesta terça-feira (21) são Stephen Curry (Golden State Warriors – US$ 59.606.817 milhões), Joel Embiid (Philadelphia 76ers – US$ 55.224.526 milhões) e Nikola Jokic (Denver Nuggets – US$ 55.224.526 milhões). Todos os 15 jogadores mais bem pagos da liga atualmente recebem acima de $ 50 milhões em salários anuais de seus times.

Franquias mais valiosas

De acordo com estimativas da NBC, o valor médio de uma franquia na NBA é, atualmente, de U$S 4,66 bilhões, atrás apenas da NFL, que tem franquias valendo em média U$S 6,49 bilhões.

As cinco franquias mais valiosas da NBA atualmente são Golden State Warriors (U$S 9,4 bilhões), New York Knicks (U$S 7,5 bilhões), Los Angeles Lakers (U$S 7 bilhões), Chicago Bulls (U$S 5,8 bilhões) e Houston Rockets (U$S 5,7 bilhões).

Joe Lacob e Peter Guber, donos da franquia mais valiosa da NBA, o Golden State Warriors, compraram a franquia em 2010 por “apenas” U$S 450 milhões. Na temporada passada, os Warriors geraram mais de US$ 780 milhões em receitas, sendo quase U$S 200 milhões em patrocínios, o dobro de qualquer outra franquia da liga.

Onde assistir no Brasil

Por conta dos novos acordos de transmissão nos EUA, a transmissão da NBA no Brasil passará por uma mudança histórica. Desde 1996, a ESPN, emissora do Grupo Disney, foi dona da transmissão das finais da NBA no Brasil. Após 29 anos, porém, a decisão em melhor de sete jogos será exibida pela primeira vez no Amazon Prime Video.

Das próximas 11 finais do novo ciclo de transmissões da NBA, seis serão exibidas pelo Prime Video em solo brasileiro. O streaming da Amazon será responsável por exibir as decisões em 2026, 2028, 2030, 2032, 2034 e 2036. A ESPN, por sua vez, transmitirá as finais de 2027, 2029, 2031, 2033 e 2035.

Na ESPN, serão mais de 200 jogos exibidos, com partidas exclusivas no Disney+ pela primeira vez, bem como a exclusividade nas finais da Conferência Leste. Já no Prime Video, serão 147 jogos de temporada regular. Além da exclusividade nas finais da liga, o streaming também contará com as finais da Conferência Oeste e 10 jogos da Emirates NBA Cup, torneio disputado no meio da temporada regular da NBA.

As transmissões da NBA no Brasil começarão nesta terça-feira (21), com o confronto entre Oklahoma City Thunder e Houston Rockets, a partir das 20h30 (horário de Brasília), no Amazon Prime Video. Em seguida, a ESPN transmitirá Golden State Warriors x Los Angeles Lakers, às 22h.