O que era para ser uma ação que levasse o torcedor do Arsenal a celebrar o lançamento da nova camisa do time feita pela Adidas por meio do Twitter se transformou numa crise de imagem para a marca alemã e também para a rede social.
A Adidas permitiu, em seu perfil no Twitter, que o torcedor criasse uma imagem da camisa do time com o nome dele às costas. Para isso, tinha de usar a expressão #DareToCreate e automaticamente a marca convertia o nome do perfil do usuário para as costas do novo uniforme do Arsenal, produzindo uma foto que ele poderia compartilhar. Ao fazer isso, a marca ainda brincava que era só comprar a nova camisa.
Foto: Reprodução / Twitter (@adidasUK)
O problema é que isso fez surgir diversos perfis com expressões racistas e antissemitas, que rapidamente se transformavam nos nomes nas camisas. Assim que percebeu o “sequestro” da campanha, a Adidas retirou a ação da rede social e disse que, “devido a uma minoria que criou versões ofensivas” da campanha, tirou a funcionalidade do ar e repassou o problema para uma análise a ser feita pelo Twitter.
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O mais impressionante da história é que, em 2017, a rede social passou exatamente pelo mesmo problema, também na Inglaterra, numa ação muito parecida com essa da Adidas, mas feita com a Loteria Nacional. À ocasião, para promover o patrocínio ao atletismo britânico, a loteria fez uma ação em que atletas erguiam cartazes com o nome dos perfis que citassem a expressão #represent. Rapidamente, as expressões preconceituosas tomaram vulto, e a ação, claro, foi suspensa.