Em 2012, quando começavam os Jogos de Londres, o Bradesco iniciou a campanha “Agora é BRA”, remetendo não apenas às iniciais do banco, mas também às letras que remetem aos atletas brasileiros durante competições internacionais.
A sacada publicitária do banco se transformou no mote para, durante os quatro anos seguintes, o Bradesco ser o “dono” dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Com uma agressiva estratégia de mídia e de ativação do evento, o banco se tornou figura onipresente antes, durante e depois das Olimpíadas.
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Se, em 2015, o Bradesco já havia mostrado um pouco de seu arsenal ao apostar em campanha publicitária chamando para o evento muito antes de ele se tornar realidade, no ano passado as ações foram para campo, literalmente.
No revezamento da tocha, o banco já conseguiu marcar presença ao promover a passagem do símbolo dos Jogos por centenas de agências com sua marca. Além disso, criou campanha de engajamento das pessoas com o revezamento ao criar histórias que remetessem a ideais olímpicos.
Durante os Jogos, porém, a presença do banco foi ainda mais marcante. Com direitos exclusivos da imagem dos mascotes dentro do Parque Olímpico, o Bradesco promovia shows para entretenimento das crianças, além de conseguir arrastar milhares de torcedores para conhecer as tochas olímpicas e tirar fotos com Tom e Vinícius.
Nas redes sociais, Youtubers contratados pela empresa faziam a ativação das ações que aconteciam no Rio de Janeiro para um público jovem, geralmente distante da realidade do banco.
Ao mesmo tempo, na mídia, a música “Se liga aí” era tocada nas rádios e reproduzida em comercial de televisão, ampliando o clima ufanista que tomou conta do brasileiro nas duas semanas de Jogos Olímpicos.
Por fim, com o sucesso do evento, o banco conseguiu atrelar uma imagem positiva para si, usando os Jogos como plataforma para isso. Com um investimento bilionário ao longo do quadriênio, o Bradesco mostrou que, para conseguir ter retorno com um patrocínio, é impossível abrir mão de ações de ativação.