O processo é lento, mas aos poucos o Corinthians vai acertando sua arena ao que entende ser melhor para seus torcedores.
No último domingo, mais um passo foi dado nessa direção, com a retirada das cadeiras no setor das torcidas organizadas. Esse era um pedido antigo, e deixa o local mais próximo do que funciona bem na Alemanha. O Grêmio seguiu o mesmo caminho.
Parece retrocesso, mas é um modo de agradar a parte da torcida, além de garantir a velha festa das arquibancadas. Talvez o time mude de ideia após a briga no domingo. Culpar a falta de cadeiras é um caminho tosco, mas bem simples, nesse caso.
Nos locais em que há cadeiras, há o oposto em termos de serviço. Funcionários do clube se espalham para garantir que os lugares marcados sejam respeitados, o que mais ou menos funciona. Quem é sócio-torcedor recebe um papel com o número da cadeira, após passar o cartão do programa em uma pequena máquina. Colado na cadeira, há o nome do torcedor em adesivo. O sistema impressiona bastante.
Por outro lado, ainda há uma série de problemas. Sistema ruim de alimentação, obras, falta de acabamento sob as arquibancadas provisórias, cobertura ainda incompleta. Além, claro, da taxa de ocupação visivelmente baixa do setor Oeste, o mais caro do estádio. O pacote teste de PSL, aluguel de cadeira, claramente não teve alta demanda no anel superior.
O Corinthians garante que terá tudo em ordem até o fim do ano. Até lá, deve ganhar mais um incentivo para melhorar. Com a abertura do Allianz Parque, é natural que os bons exemplos sejam copiados dos dois lados. Concorrência deve fazer bem a esse segmento ainda novo no Brasil.