A pesquisa YouTube Insights traz dados interessantes para compreendermos como se dá o consumo de esportes, principalmente futebol, em uma das principais redes sociais do país.
Um dos dados interessantes é que a plataforma é procurada 3,3 vezes mais para assistir a conteúdos esportivos do que os portais, como UOL e G1, e 1,7 vez mais do que outras redes sociais, como Facebook e Twitter.
É um claro sinal de que os mecanismos de pesquisa e acesso do YouTube são mais populares do que os intermináveis comerciais exibidos no Globoesporte.com, por exemplo, antes do acesso a seu conteúdo.
Se os portais quiserem recuperar parte da audiência perdida para as mídias sociais, terão que estabelecer caminhos mais amigáveis e diretos. Parece pouco? É algo que ainda não foi feito.
Por seu estilo rápido e descontraído, falando diretamente aos millennials, canais do YouTube, como Desimpedidos e Mil Grau, atraem grande público. Número de visualizações tão significativo que o próprio YouTube já fez campanha destacando seus campeões de popularidade usando ferramentas tradicionais, como mídia exterior (out of home).
Com tanto público naturalmente conectado, porque interessa ao YouTube montar um perfil de quem acessa seus conteúdos em plataformas como esporte, gastronomia, moda e beleza?
O grande motivo, me parece, é fazer do YouTube uma empresa ainda mais rentável, sendo alternativa de fato ao mercado anunciante. Assim, além de roubar a audiência da “antiga mídia” (e aqui os portais já mostram sinais de envelhecimento), a rede social irá de fato monetizar mais.