Entre patrocínios, direitos de TV, salários de jogadores, viagem de times e torcidas e bilheteria, a Copa Libertadores deve movimentar, por ano, pelo menos US$ 500 milhões.
Principal torneio do continente, a Libertadores viu na noite de ontem um de seus mais vexatórios espetáculos. Ou melhor. Mais um…
A lista de lambanças protagonizadas pelo futebol na América do Sul cresce a cada nova rodada da Libertadores e/ou da Sul-Americana. E, como quase sempre costuma acontecer, a entidade mostra um eterno despreparo para lidar com gestão de crise e tomada de decisão urgente.
Foi mais de uma hora de indecisão ontem para concluir-se o óbvio: não havia qualquer chance de Boca e River reiniciarem a partida. Quantos dias mais haverá para que saia algum comunicado oficial da entidade sobre o que haverá no pós-desastre?
É impressionante como não há cuidado em se tratar de um evento bilionário como esse. É cultural.
Ontem, ainda no calor da indecisão da Conmebol, muita gente dizia que isso era o “espírito” da Libertadores, como se a selvageria fosse condição de existência do sul-americano.
O futebol aqui caminha a passos largos. Para trás. Enquanto isso, os clubes europeus e a Uefa olham as oportunidades deixadas pelas entidades daqui para um público que é fã de futebol, mas que não tem um produto à altura desse amor. Não por acaso, Barcelona e Manchester United fecham acordos válidos na América do Sul com empresas que não apoiam o futebol por aqui.
A Conmebol é um desleixo só. E a Europa já percebeu isso…