EUA, Holanda e agora Itália. É de se lamentar que seleções tradicionais ou grandes mercados para o futebol estejam fora da Copa do Mundo da Rússia 2018.
Nada a dizer sobre a eliminação norte-americana. Mesmo jogando uma eliminatória cujo índice técnico não é dos mais fortes, a equipe ficou atrás de México, Costa Rica e Panamá, que obtiveram classificação direta, e Honduras, escalada para a repescagem.
A queda da maior potência econômica mundial traz impacto significativo ao torneio. Haverá queda no faturamento, com menor interesse de patrocinadores. Pior para a Fox, que pagou US$ 200 milhões pelos direitos de TV nos EUA. Dificilmente irá recuperar o investimento.
Com as potências europeias, a análise é diversa. Mesmo sem renovação e com apostas táticas equivocadas, não ter Holanda e Itália na Copa é frustrante.
Muito da tragédia já havia sido anunciada na própria definição dos grupos das eliminatórias. Afinal, não faz sentido colocar uma campeã do Mundo como a França na mesma chave da Holanda, dona de três vices e terceira colocada na Copa 2014.
Nem integrar outras duas vencedoras de Mundiais (Espanha e Itália) no mesmo grupo. O risco de uma delas cair na repescagem, como de fato ocorreu, era enorme.
Por outro lado, a Uefa, escalou países com menor peso, como Polônia e Dinamarca ou Sérvia e Irlanda disputando vaga direta.
Tais ausências não devem acontecer em uma Copa com 48 países. Mas se soluciona um problema, a Fifa cria outro, ainda maior, exigindo uma logística ainda mais onerosa aos países-sede, além de desabar a qualidade técnica do torneio.