As três reportagens principais do Boletim Máquina do Esporte desta sexta-feira (27) tratam, basicamente, do mesmo tema: o esporte precisa engajar não só o torcedor, mas fundamentalmente o consumo desse torcedor. Todos sabemos do enorme potencial que o esporte tem para atrair e reter as pessoas. Mas, no mundo em que as marcas têm cada vez mais dificuldade para converter atenção em vendas, o que o esporte pode mostrar como diferencial é essa sua capacidade.
O exemplo do L’Étape Brasil mostra bem isso. Um evento feito apenas para atletas amadores é capaz de levar, durante três dias, 10 mil pessoas para um mesmo local, com perfil demográfico parecido e interesses pessoais também. É só saber como falar com esse público da maneira correta que a conversão em vendas fica facilitada.
LEIA MAIS: L’Étape Brasil setoriza ações e reforça patrocínios no ciclismo
É o mesmo caso da Nike, que entende o aumento do interesse nas maratonas na época em que o calendário se afunila e, no prazo de cinco semanas, realiza três das seis principais provas desse tipo no mundo. É a hora para lançar um tênis novo e lembrar ao fanático por corrida que ele precisa ter o novo modelo para correr.
LEIA MAIS: Nike lança linha de tênis para aproveitar “onda” de maratonas
O terceiro “case” do Boletim envolve o Fox Sports e a Libertadores. Naquele que pode ser um dos seus últimos anos no Brasil, o canal entendeu que precisa cuidar do seu principal produto para aproximar a marca do torcedor e, dessa forma, ampliar o interesse do consumidor para assistir ao canal. Integrar o mundo das redes sociais com o da televisão só foi possível ao aproximar a Copa Libertadores do torcedor.
LEIA MAIS: Fox Sports ativa semifinal da Libertadores com tour da taça
Os três exemplos mostram que, por mais conectados virtualmente que nós estejamos, é a experiência do mundo real que tem a capacidade de impulsionar as vendas. E, com a temática do esporte, essa conversão é potencializada em diferentes frentes.
Para ser relevante, o esporte precisa entender que sua função é vender. Esqueça a exposição em mídia. A conta final que a empresa precisa ver é o aumento nas vendas. E, nesse caso, o mundo pulverizado que foi produzido pelos dispositivos móveis fez o esporte assumir uma capacidade de mobilização que quase ninguém mais tem.
Como fazer o esporte vender mais? A resposta passa, necessariamente, por um princípio básico de marketing. É preciso saber quem é o cliente daquele esporte. Os três exemplos do Boletim Máquina do Esporte desta sexta-feira (27) mostram isso. Se o produto for bem embalado, agradando o fã do esporte e o patrocinador, a chance de conseguir engajamento para as vendas é muito maior. E, assim, a roda gira bem mais fácil.