Para que servem os Estaduais?
Talvez falar sobre a desimportância do torneio seja complicado no momento em que o Inter comemora o hexa, Santa Cruz, Santos e Vasco, o bi, América-MG, Atlético-PR, Chapecoense e Vitória, o título simples em seus Estados. Isso só para ficar nas unidades da federação com equipes na Série A do Brasileiro.
É verdade que, para os torcedores, ainda há motivos para festejar. Alguns torneios são mais do que centenários e pode ser empolgante superar o rival direto em títulos. Especialmente em Estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, dominados por só dois clubes.
Sintoma disso, as oito finais do fim de semana foram vistas por média de 30.314 torcedores, que deixaram R$ 1.096.734,63 de renda. Índice bom, mas que não esconde estádios vazios e arrecadações vexatórias desses eventos nas fases iniciais.
Alguns dos protagonistas ausentes ou derrotados nas finais de domingo estavam mesmo preocupados é com disputas mais importantes.
Atlético-MG, Grêmio, Corinthians, Palmeiras e São Paulo priorizaram a Libertadores. Para gremistas, corintianos e palmeirenses muito mais frustrante foi a derrocada no torneio continental. Para atleticanos e são-paulinos, bem mais interessante é seguir em busca do título sul-americano.
Não foram os únicos. Até a primeira edição da Primeira Liga, com calendário enxuto e intervalos irregulares entre rodadas, ganhou a primazia para Flamengo e Fluminense.
A cortina de fumaça dos Estaduais pouco mostra como será o ano de vencedores e derrotados. A temporada brasileira começa de fato no próximo fim de semana.