Não há muita dúvida: tecnicamente, a bola irá sofrer na Copa do Mundo com 48 times, pelo menos na fase de grupos. Mas, mais do que uma valorização financeira em curto prazo, o futebol tem a ganhar de maneira geral.
A verdade é que a Copa do Mundo atual, mesmo bastante inchada, ainda é um clube seleto. Países grandes e ricos têm problemas para chegar nela. E, sem estar presente, o desenvolvimento do esporte nesses países fica bastante prejudicado.
Em termos de comparação, seria como pensar no crescimento do vôlei no Brasil sem a participação do país nos Jogos Olímpicos, especialmente nos anos 1980. Dificilmente ele seria o que é hoje no país.
Caso a estratégia dê certo, a Copa do Mundo poderá ser prejudicada, mas todas as outras competições serão engrandecidas. Desde a Liga dos Campeões, com os olhos ainda mais atentos do mundo, até as ligas regionais, de países emergentes na bola.
Vale a lembrança que, apesar de ser o esporte mais popular do mundo, o futebol ainda é preterido em países como China, Índia, Japão, Venezuela, Austrália entre outros. Isso sem considerar Estados Unidos e Canadá. Aliás, China, Estados Unidos e Japão são os três maiores PIBs do mundo.
Para nós, amantes do futebol, pode parecer uma iniciativa desastrosa. Mas talvez nossos filhos e netos venham a aproveitar um mundo ainda mais boleiro do que é hoje. E pensar nisso é também função da Fifa.