Há alguns anos, os clubes brasileiros passaram a investir em peso em seus programas de sócio-torcedor. Descobriram na iniciativa uma maneira de aumentar a receita e os públicos nos estádios, além de conhecer os hábitos de consumo de seu principal cliente. A manutenção do adimplentes, no entanto, sempre foi um desafio.
Basicamente, os clubes ficavam reféns dos resultados em campo. Campanhas de sócio faziam apenas com que o número de associados flutuasse. Hoje, isso ainda existe, mas em volume consideravelmente menor.
Uma das mudanças foi a entrada do Movimento por um Futebol Melhor, que dava vantagem na compra de diversos produtos, sem qualquer relação com o time ou com sua posição na tabela. Mais recentemente, os clubes têm aprendido a valorizar ainda mais aquele torcedor que paga fielmente a mensalidade à agremiação.
A ação realizada pelo Bahia foi o último exemplo realizado no futebol brasileiro e, talvez, um dos melhores casos entre os mais recentes. Aos escolhidos para distribuir a notícia foi dado uma intangível sensação de pertencimento ao clube. Para o restante, foi oferecido um serviço que empolga o torcedor: a informação.
Aos poucos, ser sócio-torcedor tem deixado de ser um facilitador de ingressos. Cada vez mais, se associar significa ser um privilegiado entre os fãs de um time. E isso tem se tornado um orgulho ao torcedor, independentemente do momento em campo.