Jogos da seleção brasileira exibidos nos sites de patrocinadores. Uma luta do UFC assistida por meio de um óculos de realidade virtual.
Nos dois últimos dias, essas foram as duas principais reportagens deste Boletim. Eles indicam o fortalecimento de uma nova situação no esporte.
A tecnologia vai mudando, de forma cada vez mais acelerada, o meio de ploriferação do esporte. Se, antes, havia uma dependência enorme da televisão, agora outros meios se fortalecem para criar alternativas ao modelo.
Com a pulverização do consumo de mídia, os valores dos direitos de mídia se tornaram cada vez maiores. Ter um evento ao vivo aumenta o valor de um canal por assinatura. E, assim, paga-se cada vez mais pelos grandes eventos.
Só que isso gera um desequilíbrio. Ao mesmo tempo em que os grandes eventos ficam mais caros, a receita das TVs não segue esse crescimento. E, aí, a corda estoura para o lado mais fraco. A TV concentra a verba para comprar o maior evento, e os de menor apelo ao público ficam em segundo plano.
É aí que entra essa nova ordem para o modelo. A tecnologia amplia a forma de divulgação do conteúdo. Por mais capitalizada que a TV esteja, ela não consegue oferecer grandes revoluções na maneira de assistir a um evento esportivo, como um óculos de realidade virtual pode oferecer.
Numa geração que se importa cada vez menos em qual meio o conteúdo é exibido, mas naquilo que é veiculado em si, o formato de transmissão do esporte é o de menos. Romper a lógica tradicional do mercado esportivo parece ser a próxima barreira a ser rompida pelos detentores dos direitos.
A tecnologia muda, aceleradamente, a forma de proliferação do esporte.