Na última semana, a Samsung apresentou um patrocínio ao técnico Tite, e a Máquina do Esporte cravou que o treinador da seleção será cada vez mais cortejado pelo mercado publicitário. O principal pilar da afirmação está no quanto técnicos anteriores foram cobiçados, alguns deles sem o peso que tem o atual comandante. Mas vai além disso.
Técnicos da seleção brasileira são populares no mercado porque estão sempre em evidência, são porta-vozes do time. Em 2014, Felipão chegou a dividir espaço com astros da equipe, como Neymar e David Luiz, no papel de garoto-propaganda mais desejado.
Mas a relação nem sempre é boa. Em 2010, os seguidos vetos de Dunga irritaram alguns dos patrocinadores da CBF. Quando, no fim do ano, Mano Menezes foi anunciado, a melhora no relacionamento foi abertamente um dos motivos de sua vinda. E, em off, mais de uma empresa revelou à Máquina do Esporte alívio pela escolha.
Além do veto, várias das atitudes de Dunga no comando da seleção não transmitiam os valores desejados. E, na ponta do lápis, seus sucessores também não atingiram o melhor do que se espera de um embaixador.
Com Tite, o cenário é outro. Tite é um porto seguro para as marcas. Em toda sua carreira, sempre foi polido e respeitador, na mesma quantidade que é carismático.
Um bom exemplo foi em um evento na Arena Corinthians, quando o clube quis reunir empresários para apresentar propriedades comerciais do estádio. Tite foi escolhido para prestar uma palestra. Em meia hora, o técnico encantou o público, com notória facilidade.
Ao menos nas últimas décadas, a seleção nunca teve um treinador tão bem preparado para o cargo. E não deverá ser apenas o time que irá ganhar com isso; o mercado também deverá aproveitar a oportunidade.