Durou apenas uma rodada o contrato de patrocínio da Federação Paulista de Futebol (FPF) com a Crefisa, empresa de crédito, e a Faculdade das Américas (FAM).
Na segunda-feira, a entidade esportiva anunciou que não teria mais as marcas, que são patrocinadoras do Palmeiras, estampadas no uniforme dos árbitros.
A decisão foi tomada após a Fifa enviar uma notificação para a FPF relembrando o regulamento da instituição que rege o futebol e que proíbe exposição de marcas iguais nas camisas de árbitros e times que disputam o torneio.
“Acho uma babaquice. Não é porque está escrito Crefisa na camisa do árbitro que ele vai favorecer o Palmeiras, que também tem a Crefisa na camisa. É bobagem. Vamos ter mais maturidade, isso é falta de profissionalismo. Qual o problema de se colocar patrocínio? Bobagem total”, disse o presidente do Santos, Modesto Roma Jr., ao site Globoesporte.com.
A opinião do dirigente também foi defendida, de forma menos veemente, pelo diretor de futebol do Corinthians, Edu Gaspar. Ambos estiveram presentes na reunião que decidiu as datas das semifinais do Paulistão.
A FPF, por sua vez, não se manifestou sobre o assunto, apenas se limitou a dizer que não haveria mais o patrocínio para os árbitros.
Quando anunciou o patrocínio da Crefisa e da FAM, a entidade disse que havia um entendimento de seu departamento jurídico de que não haveria problemas com a Fifa a decisão de ter os mesmos patrocinadores do Palmeiras estampados na camisa dos árbitros.
A decisão, porém, pressionou a arbitragem durante os jogos das quartas de final. Até mesmo os jogadores do Palmeiras reclamaram que os árbitros não estavam marcando faltas para o time por temer qualquer ilação sobre um possível favorecimento ao clube.
A FPF, porém, manterá disponível a cota de patrocínio aos árbitros para tentar aumentar a receita para o ano de 2015.