Após experiência bem-sucedida de hospedar delegações durante a última Copa do Mundo, Santos espera atrair o interesse de algumas delegações que vierem ao Brasil para a disputa da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
Durante o Mundial do Brasil, a cidade serviu de concentração para as seleções de Costa Rica e México. Ambas se identificaram muito com Santos, participando, durante a fase de preparação, de diversas atividades de integração com a população local.
“Para a Copa, a cidade preencheu o caderno de encargos da Fifa, e não poderia mais modifica-lo. Agora, o procedimento é diferente. Falamos diretamente com os comitês olímpicos de cada país e suas federações nacionais”, explica Alcídio Ferreira de Mello, o Cidão, que atuou pela seleção brasileira de vôlei nos anos 80 e 90.
A primeira delegação já confirmada foi a da natação da Itália, que é integrada por nomes como Francesca Pellegrini, atual recordista mundial e campeã olímpica em Pequim-2008 dos 200 m livre, e Martina Grimaldi, medalha de bronze na maratona aquática em Londres-2012.
Três equipamentos já foram apresentados aos interessados: a Arena Santos, ginásio com capacidade para 5.000 pessoas, a piscina olímpica da Universidade Santa Cecília e o ginásio do Sesc. Há uma série de reformas e construção de novas instalações esportivas na cidade para atrair mais delegações. Os investimentos no setor superam os R$ 20 milhões.
“Já conversamos também com o Comitê Olímpico Suíço sobre a possibilidade de trazer a equipe de triatlo deles, que é uma referência mundial”, conta Cidão.
Outro esporte que pode ter competidores na cidade é o futebol. O México, que já ficou na cidade na Copa do Mundo, está perto de fechar a preparação de sua seleção olímpica na cidade litorânea. A prefeitura já conversou com a atual diretoria do Santos sobre a cessão da Vila Belmiro aos mexicanos.
“O problema é que durante os Jogos Olímpicos, o calendário do futebol brasileiro não para. Mas já conversamos com o Modesto Roma [presidente do Santos] sobre a logística para atender uma delegação de futebol”, conta Cidão.