A campanha para que Argentina e Uruguai dividam a Copa do Mundo de 2030 vem de longa data. Nesta sexta-feira (8), os dois países, finalmente, anunciaram a intenção de apresentar uma candidatura conjunta para sediarem o evento que celebrará o centenário do Mundial da Fifa.
A edição também marcará os cem anos da realização da única Copa uruguaia, que ganhou o torneio naquele ano e nunca mais repetiu o feito.
“Não há melhor oportunidade de consolidar laços do que nos comprometermos a apresentar juntos uma candidatura para sediar este Mundial”, disse Mauricio Macri, recém-empossado como presidente da Argentina.
O anúncio aconteceu em evento que celebrou o desbloqueio das relações entre os dois países, abalada durante a gestão da família Kirchner na Argentina.
“Os dois governos assumiram que devem estar à altura de seus povos, e não apenas na esfera esportiva. A Argentina também se comprometeu a deixar sem efeito a proibição de transporte de mercadorias em portos uruguaios, enquanto nós aceitamos explorar seu gás natural de forma conjunta”, afirmou Tabaré Vázquez, presidente do Uruguai.
Faltando 14 anos para a Copa de 2030, Macri defendeu que é preciso planejamento para que o projeto saia do papel. Até o momento, nenhum outro país anunciou a intenção de organizar essa edição do Mundial.
“Por não prever ou improvisar, tivemos muitos problemas ao longo da nossa história. Temos de planejar e brigar por isso com antecedência”, completou o novo presidente argentino.
O calendário jogaria a favor desta candidatura, já que depois da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o maior torneio do futebol mundial viajará para Rússia e Qatar em 2018 e 2022, respectivamente. México e Colômbia já anunciaram a intenção de ficarem com a Copa de 2026, assim como Canadá e Estados Unidos, o que dificultaria o retorno ao continente na edição seguinte.