No fim de 2010, Paulo Odone foi eleito o novo presidente do Grêmio. Para o Atlético Paranaense, nada mudaria se não fosse por um detalhe: a nova diretoria gremista queria Paulo César Verardi como diretor renumerado de marketing. Com uma proposta vantajosa, o clube tirou o profissional do rival de Curitiba, que hoje olha para o mercado e permanece órfão.
Já são quase três meses sem um diretor de marketing na Arena da Baixada. Apesar de manter o departamento funcionando, inclusive com o lançamento de novas ações, o clube permanece na busca por um novo profissional para o cargo, mas esbarra em um problema recorrente no futebol brasileiro: a escassez de nomes qualificados para o cargo.
Verardi já havia sido superintendente da sua atual equipe, o Grêmio, e, antes de ser contratado pelo Atlético Paranaense, presidia a Umbro no Brasil, que fornece material esportivo para o time de Curitiba. Sua contratação mirava a profissionalização do marketing do clube, que antes contava apenas com Henrique Gaede, como diretor institucional da área. Eleito, ele não tinha renumeração para exercer o cargo.
Hoje, a diretoria do Atlético Paranaense tem dificuldade para encontrar um profissional do mesmo nível. O rival Coritiba esteve nessa mesma situação há poucas semanas. Contratou Oliver Seitz, de apenas 30 anos, mas pós-graduado em administração para profissionais do esporte pela Fundação Getúlio Vargas e com experiência no Grupo de Indústria do Futebol, da Universidade de Liverpool.
Nesse momento, o Atlético Paranaense conta com um coordenador de marketing, responsável por ações como a loja conjunta com o Coritiba e por campanhas como a “Atlético Paranaense igual a você”. Para supervisionar esses profissionais, que conviveram com Verardi durante o ano em que ele esteve na Arena, Henrique Gaede voltou à velha função; hoje ele deveria dedicar-se apenas ao Conselho Administrativo do clube.