Ainda “novata” em termos de transmissão do Ultimate Fighting Championship (UFC), a Globo se enrolou com o torneio na madrugada do último domingo. Somadas, as cinco lutas finais do evento somaram 21 minutos e 50 segundos e fizeram dele o mais rápido de todo o ano. A emissora, que estava com filme no ar, não parou de exibi-lo e decidiu mostrar um VT em seguida com a luta de Junior “Cigano” dos Santos.
A decisão de não interromper a exibição do filme irritou os fãs de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês), que se queixaram muito em redes sociais. Mas a audiência não sofreu nenhum efeito colateral. Em média, a vitória de Cigano sobre Frank Mir, também conquistada bem rapidamente, rendeu 12 pontos no Ibope para a Globo, número equivalente a 46% de todas as televisões que estavam ligadas.
Em outras palavras, quase metade de todos os telespectadores do horário estava sintonizada na Globo, um cenário que não existia quando o UFC era transmitido pela RedeTV!. Em comparação a concorrentes, o evento de lutas ficou à frente do SBT, que passou o seriado norte-americano “Two And a Half Men” e teve 3,7 pontos na audiência, ou 14%. O restante do share foi dividido entre as demais.
Quando comparados apenas os índices brutos, os 12 pontos estão abaixo de duas outras edições exibidas pelo canal carioca em madrugadas de domingo. O primeiro, quando Cigano se tornou campeão da categoria dele no UFC diante de Cain Velázquez, registrou 13,5 pontos, e o segundo, no qual o também brasileiro José Aldo venceu Chad Mendes e manteve o título dele, deu 13,7 pontos.
Cada ponto no Ibope é equivalente a 58.300 domicílios sintonizados. Os dados da medição consideram apenas a audiência de São Paulo, região de referência para o mercado publicitário.